Colonialidade e política do esquecimento

Autores

  • Wagner Vinhas Instituto Federal da Bahia (IFBA), Salvador, Bahia, Brasil, wagnervinhas@ifba.edu.br

DOI:

https://doi.org/10.5216/rth.v23i1.64768

Palavras-chave:

Colonialidade; Política do esquecimento; Intelectualidade negra; Dilema; Corpus teórico

Resumo

O artigo busca refletir o silenciamento da intelectualidade negra brasileira. Reporto-me às estratégias para silenciar homens e mulheres negros cuja prática social consiste naquilo que denominamos por política do esquecimento e cujo mecanismo consiste em se apagar da memória das novas gerações a contribuição de autores negros e negras. É nesse sentido que o dilema da intelectualidade negra no Brasil reside na herança racista do campo intelectual brasileiro - um duplo vínculo – ordem científica e ordem social. Em discordância do que diz a teoria bourdiana, presume-se que o acúmulo de capital específico não pode justificar a ausência de autores negros e negras no campo intelectual brasileiro. Tudo leva a crer que, no Brasil, o que determina a posição no campo intelectual vai além da incorporação de um tipo de capital específico – classe, escolaridade, origem – transferido para o campo intelectual de um espaço social circundante: raça, gênero, classe.

Biografia do Autor

Wagner Vinhas, Instituto Federal da Bahia (IFBA), Salvador, Bahia, Brasil, wagnervinhas@ifba.edu.br

Professor de Sociologia do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia-IFBA, Campus Salvador. Doutor em Estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia, UFBA (2016). Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia, UFBA (2010). Bacharel e licenciado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Alagoas, UFAL (2004). Membro do grupo de pesquisa O Som do Lugar e o Mundo. Tem experiências nas áreas de Sociologia e Antropologia, com estudos sobre cultura e Identidade, relações étnicas e raciais, trajetórias.

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Publicado

2020-07-31

Como Citar

VINHAS, W. Colonialidade e política do esquecimento. Revista de Teoria da História, Goiânia, v. 23, n. 1, p. 204–226, 2020. DOI: 10.5216/rth.v23i1.64768. Disponível em: https://revistas.ufg.br/teoria/article/view/64768. Acesso em: 29 mar. 2024.