“HÁ LIMITE PARA TODAS AS COISAS”: ANTIRREFORMA E CONSERVADORISMO NA ASSEMBLEIA GERAL DE 1881

Autores

  • Alexandra do Nascimento Aguiar Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Conservadorismo, partidos políticos, reformas, Lei Saraiva, Câmara dos Deputados

Resumo

O artigo se propõe a refletir sobre os fundamentos do pensamento conservador a partir da análise de fragmentos de obras de Edmund Burke, Joseph de Maistre e Juan Donoso Cortés. Na presente proposta o conservadorismo é compreendido como elemento de coesão na política partidária, tendo como objeto a Assembleia Geral de 1881, a primeira composta sob a reforma eleitoral que introduziu o voto direto no país. Perseguimos a hipótese de que as ideias conservadoras predominaram nos discursos parlamentares dessa legislatura (1881-1884) e orientaram as condutas em votações e alianças entre os partidos imperiais.

Biografia do Autor

Alexandra do Nascimento Aguiar, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Possui doutorado em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2016), mestrado em História Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2009) e graduação em História pela Universidade Gama Filho (2006). Tem experiência em magistério no Ensino Médio e em pesquisa em História, atuando principalmente nos seguintes temas: Reforma Eleitoral de 1881 (Lei Saraiva); Parlamento; Partidos Políticos Imperiais; Pensamento Conservador; Organização Política da Primeira República.

Referências

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Anais da Câmara dos Deputados, 23 de março de 1882.

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Publicado

2019-08-01

Como Citar

AGUIAR, A. do N. “HÁ LIMITE PARA TODAS AS COISAS”: ANTIRREFORMA E CONSERVADORISMO NA ASSEMBLEIA GERAL DE 1881. Revista de Teoria da História, Goiânia, v. 21, n. 1, p. 77–98, 2019. Disponível em: https://revistas.ufg.br/teoria/article/view/59768. Acesso em: 25 abr. 2024.