PROLEGÔMENOS PARA UMA PSICOLOGIA DA ARQUITETURA: “PRINCÍPIOS DO JULGAMENTO HISTÓRICO” (1886)

Autores

  • Heinrich Wölfflin
  • Murilo Gonçalves PPGH/UFG

DOI:

https://doi.org/10.5216/rth.v18i2.50917

Resumo

Trata-se aqui de um capítulo (“Princípios do julgamento histórico”, o último, número oito) de sua dissertação de doutorado, defendida em 1886, na Faculdade de Filosofia da Universidade de Munique; trata-se também da representação de um conjunto de esforços e tradições de pensamento. O argumento que envolve seu trabalho procura responder a determinadas questões que surgem logo de início: "como é possível que formas arquitetônicas possam ser expressão de um estado de espírito ou de uma disposição?"; e, subsequentemente: "sob quais princípios julga o historiador?". Prolegomena é considerado como um esforço na direção da concepção do espaço arquitetônico a partir de uma determinada teoria estética. Essa teoria está baseada em uma sensibilidade visual associada a uma experiência afetiva com o espaço. Desse modo, a primeira perde sua independência. O corpo, visto aqui enquanto “experiência afetiva [...] movendo-se no espaço”, passa a exercer um papel fundamental e indispensável dentro da teoria da arquitetura. A consequência imediata relaciona-se à consideração de emoções e reações corporais. Trata-se aqui, finalmente, de como uma certa concepção estética configura um determinado estatuto da compreensão de objetos; de como o historiador da arte pode, uma vez capaz de compreender, escrever uma história da arte.

 

Biografia do Autor

Murilo Gonçalves, PPGH/UFG

Possui graduação e mestrado em História pela Universidade Federal de Goiás. Em 2014, realizou, durante dois semestres, graduação sanduíche na Katholische Universität Eichstätt-Ingolstadt (Alemanha). Em 2016, durante o mestrado (a respeito da teoria da história de Raymond Aron), realizou pesquisas complementares no Centre d'Études Sociologiques et Politiques Raymond-Aron da École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris, França). Possui interesse por teoria da história a partir dos seguintes temas: hermenêutica, epistemologia, estética, e subjetividade. Faz parte do corpo da Revista de Teoria da História da Faculdade de História e do Programa de Pós-Graduação em História da UFG.

Referências

ONESCU, V. Architectural Symbolism: Body and Space in Heinrich Wölfin and Wilhelm Worringer. Architectural Histories, 4(1): 10, 2016, pp. 1–9.

KANT, IMMANUEL. Antropología en sentido pragmático. Madrid: Alianza Editorial, 1991.

KOSS, Juliet. Über die Grenzen der Einfühlung. In: CURTIS, Robin; KOCH, Gertrud. Einfühlung: Zu Geschichte und Gegenwart eines ästhetischen Konzepts. München: Wilhelm Fink Verlag, 2008.

RAJCHMAN, John. Constructions: Writing Architecture. Cambridge/London: MIT Press, 1998.

SCHWARTZ, Frederic J. Die Angemessenheit der Einfühlung. Probleme eines kunsthistorischen Konzepts. In: CURTIS, Robin; KOCH, Gertrud. Einfühlung: Zu Geschichte und Gegenwart eines ästhetischen Konzepts. München: Wilhelm Fink Verlag, 2008.

SCHLOßBERGER, Matthias. Die Erfahrung des Anderen: Gefühle im menschlichen Miteinander. Berlin: Akademie Verlag, 2005.

VEYNE, Paul. Como se Escreve a História. Lisboa: Edições 70, 2008.

VEYNE, Paul. O inventário das diferenças. São Paulo: Editora Brasiliense, 1983.

WAGNER, Kirsten. Die Beseelung der Architektur. Empathie und architektonischer Raum. In: CURTIS, Robin; KOCH, Gertrud. Einfühlung: Zu Geschichte und Gegenwart eines ästhetischen Konzepts. München: Wilhelm Fink Verlag, 2008.

WÖLFFLIN, Heinrich. Prolegomena zu einer Psychologie der Architektur. München: Universitätsdruckerei und Verlag Dr. C. Wolf & Sohn, 1886.

WÖLFFLIN, Heinrich. Renaissance und Barock. Eine Untersuchung über Wesen und Entstehung des Barockstils in Italien. München: F. Bruckmann A. Verlag, 1908.

WÖLFFLIN, Heinrich. Conceitos Fundamentais da História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

Downloads

Publicado

2022-07-30

Como Citar

WÖLFFLIN, H.; GONÇALVES, M. PROLEGÔMENOS PARA UMA PSICOLOGIA DA ARQUITETURA: “PRINCÍPIOS DO JULGAMENTO HISTÓRICO” (1886). Revista de Teoria da História, Goiânia, v. 18, n. 2, p. 166–178, 2022. DOI: 10.5216/rth.v18i2.50917. Disponível em: https://revistas.ufg.br/teoria/article/view/50917. Acesso em: 4 maio. 2024.