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Análise do valor agregado em bovinos certificados para o programa de carne angus no sul do Brasil

Resumo

O objetivo deste trabalho foi analisar a agregação e a desagregação de valores dos animais comercializados em busca das bonificações do programa Carne Angus no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram analisados os dados de 40.698 carcaças de bovinos abatidos em uma indústria frigorífica que realiza a certificação para o programa Carne Angus, durante o ano de 2014. A agregação de valor foi calculada pela diferença entre o preço base negociado para o lote e o preço final obtido pelo animal depois do processo de certificação. A desagregação foi calculada em função dos fatores que impediram os animais de serem enquadrados no programa de certificação. Os resultados mostram que o maior motivo para a desclassificação de animais com o padrão racial foi a dentição e o acabamento, os quais desclassificam, respectivamente, 34,3 e 12,7% dos animais com padrão racial. A desagregação de valor resultante de 7.177 animas que foram desclassificados por falta de acabamento ou por dentição avançada atingiu um valor de R$ 1.213.528,00, ou US$ 369.077,86 (US$ 51,43 por cabeça), quantia esta que deixou de ser repassada da indústria aos produtores rurais.

Palavras-chave:
Aberdeen Angus; acabamento de carcaça; cadeia produtiva da carne bovina; carne de qualidade; dentição de bovinos

Abstract

The objective of this work was to analyze price aggregation and disaggregation in commercialized animals searching for “Programa Carne Angus” benefits in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. Data from 40,698 carcasses with Angus cattle racial pattern, slaughtered in a meat industry that performs the “Programa Carne Angus ”certification, during the 2014 year were analyzed. The aggregated value was calculated by the difference between the negotiated base price for the lot and the final price obtained by animal after the certification process. The disaggregation was calculated based on the factors preventing the animals from being included in the certification program. The results show that the major disqualifying factor in males with the racial pattern was carcass fatness, and for females was the dentition, which disqualified 34.3 and 12.7% respectively. Value breakdown from 7,177 disqualified animals due to lack of finishing, or advanced dentition, reached R$ 1,213,528.00, or US$ 369,077.86 (US$ 51.43 per head), an amount that is no paid on from the industry to rural producers.

Keywords:
Aberdeen Angus; beef cattle dentition; beef cattle meat chain; fatness carcass; quality meat

Introdução

Com o aumento da demanda dos consumidores por carne de qualidade, a pesquisa científica busca opções de diferenciação de produtos para atender a essa demanda na pecuária de corte gaúcha. Como alternativa na melhoria da qualidade da carne bovina, pesquisadores têm buscado reduzir a idade de abate dos bovinos sem prejuízo ao acabamento das carcaças, resultado do maior ganho de peso do nascimento ao abate dos animais(11 Silva LHP, Assis DEF, Estrada MM, Assis GJF, Zamudio GDR, Carneiro GB, Valadares Filho SC, Paulino MF, Chizzotti ML. Carcass and meat quality traits of Nellore young bulls and steers throughout fattening. Livestock Science. 2019; 229:28-36.). A redução da idade de abate é obtida pela utilização de raças precoces, cultivadas e terminadas com dieta adequada, que melhora o acabamento da carcaça e o marmoreio da carne, como é o caso da raça Aberdeen Angus, que em vários países representa um selo de diferenciação de carne de qualidade obtida com a certificação de padrão racial(22 Fernández J, Melo O, Larraín R, Fernández M. Valuation of observable attributes in differentiated beef products in Chile using the hedonic price method. Meat Science. 2019; 158: 107881.).

Animais jovens das raças britânicas Angus ou Hereford, e com gordura adequada, são fundamentais para a qualidade da carne, principalmente na maciez, mas também no sabor e suculência. Do ponto de vista do consumidor, os programas de carnes agregam valor ao animal em razão da maciez constante da carne dos animais jovens, combinada com a suculência da carne de uma carcaça com gordura adequada(22 Fernández J, Melo O, Larraín R, Fernández M. Valuation of observable attributes in differentiated beef products in Chile using the hedonic price method. Meat Science. 2019; 158: 107881., 33 Vaz FN, Pascoal LL, Pacheco PP, Vaz RZ, Vargas FV, Soccal DC, Maysonnave GS. Finished beef cattle purchase transactions study in an abattoir firm in the Rio Grande do Sul state. American International Journal of Contemporary Research. 2014; 4(9):165-174.).

A certificação racial informa ao consumidor uma suposta melhoria de qualidade em busca de melhor remuneração do consumidor, o que beneficia toda a cadeia de produção a partir da agregação de valor aos produtos cárneos(33 Vaz FN, Pascoal LL, Pacheco PP, Vaz RZ, Vargas FV, Soccal DC, Maysonnave GS. Finished beef cattle purchase transactions study in an abattoir firm in the Rio Grande do Sul state. American International Journal of Contemporary Research. 2014; 4(9):165-174.). Os consumidores consideram a certificação racial da carne bovina importante, embora seu conhecimento e os atributos de qualidade da carne citados não confirmem essa preocupação(44 Maysonnave GS, Vaz FN, Pascoal LL, Pacheco PS, Mello RDO, Machado GK, Nardino TAC, 2014. Percepção de qualidade da carne bovina com marca no sul do Brasil. Archivos de Zootecnia. 2014; 63(244): 633-644.). Em churrascarias gourmet, os consumidores consideram a certificação importante(55 Leonelli FC, Oliveira IR. Percepção dos consumidores sobre os açougues gourmet: um estudo multicaso. Organizações Rurais & Agroindustriais. 2016; 18(1):79-91.), entretanto há uma porcentagem significativa de consumidores que não sabem o que esses atributos significam(44 Maysonnave GS, Vaz FN, Pascoal LL, Pacheco PS, Mello RDO, Machado GK, Nardino TAC, 2014. Percepção de qualidade da carne bovina com marca no sul do Brasil. Archivos de Zootecnia. 2014; 63(244): 633-644.).

No Brasil, o mercado doméstico de carne bovina é caracterizado pela baixa qualidade da carne, já que a maior parte dos cortes nobres é exportada. No mercado interno, programas de carnes certificadas, como os programas “Carne Angus” e “Carne Pampa”, garantem características específicas de um produto de qualidade, produzido a partir de animais jovens de raças britânicas e seus cruzamentos, e com acabamento de carcaça adequado. No Brasil, o “Programa Carne Angus” teve início em 2003, buscando beneficiar todas as partes interessadas e favorecendo aqueles produtores que investiram na redução da idade de abate em busca desse nicho de mercado(66 Macedo LOB. The role of social capital for the governance of hybrid forms in agribusiness: an analysis of Brazilian beef alliances. Evolutionary and Institutional Economics Review. 2015;12(2):307-327.).

Hoje, a maior aceitabilidade de produtos certificados de carne Angus impactam os mercados de touros e sêmen, uma vez que criadores e terminadores buscam animais de produção enquadrados no Programa Carne Angus, visando a agregar mais valor ao preço base pago aos novilhos comuns(77 Casagrande EE, Aguiar GAM, Santos DFL. Comportamento estratégico dos frigoríficos no programa de carne angus certificada: proposta de instrumento metodológico. Revista Gestão & Tecnologia. 2019;19(2):240-262., 88 Saes MSS, Silveira RLF. Novas formas de organização nas cadeias agropecuárias brasileiras: tendências recentes. Estudos Sociedade e Agricultura. 2014;22(2):386-407.). Mesmo assim, a maioria dos animais comercializados em busca da certificação de qualidade da carne Angus não atinge a remuneração agregada, pois não possuem todas as características de carcaça definidas pelo programa de certificação. Portanto, o objetivo deste trabalho foi estudar os índices, quantificar os valores de agregação e os motivos da desqualificação de animais Aberdeen Angus no programa de qualidade da carne do estado do Rio Grande do Sul, Brasil.

Materiais e métodos

Esta pesquisa avaliou dados de 40.698 bovinos abatidos em uma indústria de carnes que realiza a certificação de carcaças para o “Programa Carne Angus”. As informações de abate foram coletadas de janeiro a dezembro de 2014.

Segundo a Associação Brasileira de Angus(99 Associação Brasileira de Angus, 2020. http://angus.org.br/carne-angus-2/tabela-depremiacoes.
http://angus.org.br/carne-angus-2/tabela...
), os animais classificados para o programa Angus Beef devem ter uma das seguintes definições raciais: I) Aberdeen Angus definido, seja preto ou vermelho; II) cruzamentos com no mínimo 1/2 fenótipo Aberdeen Angus com raças européias e no máximo 1/4 Zebu; III) Cruzamentos de no mínimo 2/3 Aberdeen Angus com raças zebuínas e sintéticas.

A certificação racial ocorre após a sangria do animal e antes da remoção do couro, quando as características raciais podem ser visualizadas e as sequências de carcaça podem ser registradas na linha de abate. Em seguida, é feita a classificação de gênero e condição sexual, eliminando carcaças de machos não castrados.

Após a retirada do couro, o tipificador da Associação Brasileira de Angus realiza a classificação da gordura, segundo as regras do Brasil, em uma escala de cinco classes: 1 = gordura ausente, 2 = gordura escassa, 3 = gordura mediana; 4 = gordura uniforme; 5 = gordura excessiva.

A dentição do animal é analisada antes da cabeça ser separada da carcaça, sendo aceitos animais de zero a quatro dentes. São aprovados animais, machos castrados ou fêmeas, com um dos padrões raciais mencionados e classificação de gordura 3, 4 ou 5. As carcaças certificadas são carimbadas antes da pesagem, mas também podem ser desclassificadas do programa em caso de qualquer problema sanitário, conforme determinação do serviço federal de fiscalização do setor de carnes.

Para o cálculo da bonificação, o frigorífico realiza o desconto de 2% do peso da carcaça quente para estimar o peso da carcaça fria. É sobre o peso da carcaça fria que é calculado o bônus, dentro de cada faixa de dentição, conforme mostrado na Figura 1.

Figura 1
Bonificação de animais de acordo com o programa de certificação de carne angus

O valor agregado pago pela indústria da carne aos produtores é calculado pela diferença entre o preço base negociado para o lote correspondente e o preço final obtido, por animais, após o processo de certificação. A bonificação considera a dentição e o peso da carcaça dos animais abatidos (Figura 1). Embora sejam comercializados por um preço base inferior, as fêmeas que atendem aos requisitos de certificação recebem o bônus do preço de novilhos castrados.

A chamada desagregação de valor considerada neste trabalho foi calculada pelo valor potencial da bonificação que os animais deixavam de ganhar por não atenderem a um ou mais requisitos do programa. A desagregação do valor analisava cada fator não supervisionado, separadamente ou em combinação, quando um animal com padrão racial não atendia a mais de uma qualidade exigida pelo programa de certificação.

As variáveis independentes analisadas foram sexo, dentição, acabamento e motivo da desqualificação dos animais para o “Programa Carne Angus”. Foram calculadas a média, frequência absoluta e frequência relativa para essas variáveis. Para o grau de acabamento e sexo, foi realizada a análise de variância e, quando necessário, teste de comparação de médias, ambas as análises ao nível de 5% de probabilidade. As análises foram realizadas de acordo com o seguinte modelo: Yij=μ+ai+eij, em que Yij é o número de certificações da variável dependente; µ é a média geral da característica analisada; αi é a variável independente i, sendo gênero, gordura ou dente, e eij é o efeito residual associado às medidas. Além disso, foi realizada regressão linear para o peso da carcaça fria em função das classes de gordura para ambos os sexos. Os softwares Microsoft Excel® e SAS System® foram utilizados como auxílio nas análises.

Resultados e discussão

Nos 40.698 animais amostrados com características raciais aceitas pelo “Programa Carne Angus”, foram certificadas 18.250 carcaças, representando um percentual de 44,8% dos animais que receberam o registro Angus Beef (Tabela 1). Os demais 22.448 animais foram desclassificados por não atenderem a uma ou mais características exigidas pela Associação Brasileira de Angus(99 Associação Brasileira de Angus, 2020. http://angus.org.br/carne-angus-2/tabela-depremiacoes.
http://angus.org.br/carne-angus-2/tabela...
).

Tabela 1
Relação de animais certificados ou não certificados de acordo com o sexo e seus respectivos pesos de carcaça fria

A Tabela 1 mostra que a certificação de machos ocorre em maior escala do que nas fêmeas, representando 58,7 e 27,5%, respectivamente, dos animais certificados em relação ao total de animais com o padrão racial do “Programa Carne Angus” (Tabela 1). Percebe-se também que o peso da carcaça fria dos bovinos certificados é menor (218,9 kg em média) em relação à média dos animais desclassificados por não terem o padrão racial exigido, provavelmente porque os animais desqualificados foram representados, em boa parte, por animais com alta idade, tipificada com seis ou oito dentes.

Em relação ao peso da carcaça fria de vacas e novilhas, estas apresentam peso inferior ao de novilhos castrados, tanto em animais não certificados quanto em certificados (Tabela 1). Porém, entre os certificados, a diferença a favor dos machos foi mais representativa (14,3%) do que a diferença entre os gêneros dentro dos não certificados (7,9%), provavelmente em razão da alta representatividade de vacas adultas dentro dos animais não certificados. Outro resultado interessante desta pesquisa é mostrado na Figura 2, que mostra o aumento do peso da carcaça de machos com padrão racial e gordura 2, 3 ou 4, conforme aumenta a dentição, independentemente de terem ou não sido certificados.

Figura 2
Peso da carcaça fria de machos com padrão racial exigido pelo Programa Carne Angus.

A Figura 2 não apresenta dados de animais com gordura classe 1, não representativos na amostra, com 16 observações para dentição 0, 8 observações para 2 dentes, 3 observações para 4 dentes, 2 observações para 6 dentes e 3 observações para animais com 8 dentes. A Figura 2 mostra um crescimento relativamente paralelo entre as linhas que representam os acabamentos da carcaça dos machos, mas na mesma análise de vacas e novilhas, o aumento do peso da carcaça fria com o avanço da idade não foi tão claro (Figura 3). Nesse caso, sem padrão racial nesta amostra, esses resultados podem indicar uma variação das raças na pecuária gaúcha, refletida pelas diferenças de porte e peso adulto entre as raças.

Figura 3
Peso da carcaça fria de fêmeas com padrão racial exigido pelo "Programa Carne Angus".

Além disso, pela baixa representatividade, com 18 observações, as fêmeas com gordura classe 5 não foram analisadas na Figura 3. O aumento mais pronunciado do peso de carcaça nas fêmeas, com dentição avançada (Figura 3), do que nos machos (Figura 2), indica que as fêmeas podem depositar gordura mais facilmente do que os machos castrados ou mesmo atingir o tamanho adulto mais cedo do que os machos. Vaz et al.(1010 Vaz FN, Restle J, Arboite MZ, Pascoal LL, Alves Filho DC, Pacheco RF. Características de carcaça e da carne de novilhos e novilhas superjovens, terminados com suplementação em pastagem cultivada. Ciência Animal Brasileira. 2010; 11(1):42-52.) atribuíram a diferença no peso de carcaça entre fêmeas e machos castrados ao resultado do dimorfismo sexual dos gêneros, gerando um menor peso adulto das fêmeas, que passam a depositar gordura antes dos machos castrados(1111 Gontijo RP, Boari CA, Pires AV, Silva MA, Abreu LRA, Martins PGMA. Carcass traits and meat quality of quails from both sexes and eight distinct strains. Animal Production Science. 2016; 57(10):2141-2147.).

A análise estatística mostrou que os machos sempre foram significativamente mais pesados do que as vacas ou novilhas dentro do mesmo grau de gordura (Tabela 2). Além disso, o aumento do acabamento, independente do sexo, resultou também em aumento significativo (P <0,05) no peso de carcaça dos animais.

Tabela 2
Médias de peso de carcaça para machos e fêmeas com padrão racial

A equação de regressão linear apresentada na Figura 4, apesar do baixo R, indica que, a cada aumento no grau de terminação das fêmeas, o peso da carcaça aumenta 20,352 kg, enquanto nos machos esse aumento é de 11,249 kg (Figura 5).

Figura 4
Regressão linear do peso da carcaça fria em função da terminação em fêmeas.

Figura 5
Regressão linear do peso da carcaça fria em função da terminação em machos.

Coletando dados de abate de um matadouro nos Estados Unidos, Lawrence et al.(1212 Chainam J, Opatpatanakit Y, Kiatbenjakul P, Lin R-S, Kiratikarnkul S. Carcass characteristics, meat quality and eating quality of culled dairy cows. Science & Technology Asia. 2019;24(3):47-58.) observaram pesos de 334,2, 352,7, 349,7, 342,1 e 328,1 kg, respectivamente, para animais com zero, dois, quatro, seis e oito dentes, mostrando um aumento de 18,5 kg quando a dentição dos animais passou dos dentes de leite para dois dentes. No entanto, os mesmos autores citam uma diminuição no peso médio da carcaça dos animais adultos, chegando a uma diminuição de 14,0 kg no peso da carcaça, quando a dentição aumenta de seis para oito dentes.

No presente estudo, a avaliação dos motivos de desqualificação (Tabela 3) mostra que a dentição é a característica que mais desqualifica as fêmeas para o Programa Angus Beef, enquanto nos machos o excesso de peso é o motivo primordial da perda de valor.

Tabela 3
Certificação e desqualificação de animais de ambos os sexos no Programa Carne Angus

De uma amostra de 40.698 animais com padrão racial exigido, 14.013 não foram certificados por causa da dentição avançada. Dentre estes, as fêmeas são mais representativas, pois 10.451 fêmeas foram desclassificadas por apresentarem 6 ou 8 dentes, em comparação com 3.562 machos castrados abatidos com essas dentições. Porém, se for considerado que boa parte das fêmeas é abatida como descarte de rebanhos reprodutivos, o número mais representativo é a desclassificação dos machos, uma vez que 15,7% dos novilhos estão velhos para a certificação da carne. Esses resultados indicam a existência de sistemas de produção com baixo ganho de peso, que não conferem acabamento aos novilhos ainda jovens(1212 Chainam J, Opatpatanakit Y, Kiatbenjakul P, Lin R-S, Kiratikarnkul S. Carcass characteristics, meat quality and eating quality of culled dairy cows. Science & Technology Asia. 2019;24(3):47-58., 1313 Igarasi MS, Arrigoni MDB, Hadlich JC, Silveira AC, Martins CL, Oliveira HND. Características de carcaça e parâmetros de qualidade de carne de bovinos jovens alimentados com grãos úmidos de milho ou sorgo. Revista Brasileira de Zootecnia. 2008; 37(3):520-528.).

No sexo masculino, o principal motivo da desclassificação foi a falta de acabamento dos animais, que desclassificou 4.217 bovinos machos castrados, representando 18,6% dos machos com padrões raciais aceitos pelo “Programa Carne Angus”. Os dados mostram outra deficiência dos sistemas de terminação de bovinos de corte no estado, representando uma perda de valor dos animais jovens que poderiam ser subsidiados se fossem melhor terminados.

Da mesma forma, a Tabela 3 mostra que 2,2% dos animais com padrão racial não são ósseos por problemas sanitários, valor relativamente alto se considerados os animais jovens. A comparação entre os sexos mostra que 563 novilhas (3,1%) e 352 novilhos (1,6%) foram desqualificados por alterações sanitárias.

A Tabela 4 mostra que, de 40.698 animais amostrados com padrão adequado ao programa Carne Angus, 20.419 foram abatidos nos quatro meses de verão no Sul do Brasil (setembro, outubro, novembro e dezembro) representando 50,12% do total de animais Angus e suas cruzes. Segundo Viana e Silveira(1414 Viana JGA, Silveira VCP. A relação entre o preço pago pelo consumidor de carne bovina em Santa Maria e o recebido pelo produtor de gado de corte no Rio Grande do Sul, Brasil. Ciência Rural. 2007;37(4):1122-1127.), no Rio Grande do Sul é em outubro/novembro que os animais são retirados das áreas de pastagem de inverno para implantação das lavouras de soja e milho, no caso dos sistemas de integração lavoura-pecuária. Assim, há um aumento da oferta de animais para abate com gordura adequada nesses mesmos meses.

Tabela 4
Certificação e desqualificação de animais no Programa Carne Angus durante os meses do ano.

Julho foi o mês em que o maior número de animais foi certificado, dos 3.652 bovinos com padrão aceito pelo programa, 58,5% foram certificados (Tabela 4). Nos meses de abril, maio e junho, o suprimento de animais com padrão Angus e seus cruzamentos diminuiu consideravelmente por se tratar de um período de falha de forragem para bovinos no estado do Rio Grande do Sul, resultando em perda de escore de condição até a primavera(33 Vaz FN, Pascoal LL, Pacheco PP, Vaz RZ, Vargas FV, Soccal DC, Maysonnave GS. Finished beef cattle purchase transactions study in an abattoir firm in the Rio Grande do Sul state. American International Journal of Contemporary Research. 2014; 4(9):165-174.).

Nos meses de abril e maio ocorreram menos certificações de animais, com percentuais de 33,3 e 24,4%, respectivamente. Observa-se que o principal motivo de reprovação dos animais nesse período foi a idade. Nesses meses, boa parte do diagnóstico de desmame e gestação ocorre nas matrizes bovinas, realizando o descarte de fêmeas que não conceberam. Estando esses animais em estado de acabamento adequado, ocorre a comercialização dessas vacas para os matadouros. A Tabela 4 mostra que, ao longo do ano, os 14.013 animais citados na Tabela 3 representam 34,4% dos animais com padrão racial, obesidade, mas com dentição avançada. Os 3.562 novilhos velhos (Tabelas 3 e 4) indicam sistemas de produção que matam animais portadores de deficiências nutricionais, retardando a terminação de novilhos jovens ou pela intenção dos criadores de comercializar bovinos mais velhos para obter um maior peso de carcaça, fato que não é limitante para a comercialização de bovinos no sul do Brasil.

A falta de acabamento desclassificou 5.511 cabeças, representando 12,7% dos animais, sendo os meses de abril e agosto os que apresentam maiores índices relativos de reprovação. Esses resultados refletem o que foi discutido anteriormente a respeito da produção de forragem no estado estudado. No mês de abril, a pastagem nativa paralisa seu crescimento(1515 Steiner MG, Dall’agnol M, Nabinger C, Scheffer-Basso SM, Weiler RL, Simioni C, Schifino-Wittmann MT, Motta EAM. Forage potential of native ecotypes of Paspalum notatum and P. guenoarum. Anais da Academia Brasileira de Ciências. 2017; 89(3):1753-1760.) e as pastagens de inverno ainda não estão prontas para o pastejo, fazendo com que os animais mal terminados sejam enviados para o abate. Essa deficiência de forragem dura até agosto(33 Vaz FN, Pascoal LL, Pacheco PP, Vaz RZ, Vargas FV, Soccal DC, Maysonnave GS. Finished beef cattle purchase transactions study in an abattoir firm in the Rio Grande do Sul state. American International Journal of Contemporary Research. 2014; 4(9):165-174.), porém, nos meses de maio, junho e julho é significativo o número de animais que terminam em confinamento com silagem de lavouras de verão, quando os animais que estavam na pastagem nativa são fechados para alimentação em confinamento.

Nos meses de agosto e setembro, observou-se que o número de casos de desclassificação de animais por sanidade aumentou, visto que nesses meses a temperatura está mais quente, provavelmente proporcionando condições mais propensas a doenças que levam a não certificação dos animais no programa de carnes. Além disso, nessa temporada cresce o percentual de abate de fêmeas adultas que tiveram maior exposição a doenças contagiosas(1616 Santos BL, Ladeira SRL, Riet-Correa F, Soares MP, Marcolongo-Pereira C, Sallis ESV, Raffi MB, Schild, AL. Clostridial diseases diagnosed in cattle from the South of Rio Grande do Sul, Brazil. A forty-year survey (1978-2018) and a brief review of the literature. Pesquisa Veterinária Brasileira. 2019; 39(7):435-446.). Essas doenças tornam as carcaças impróprias para o programa Carne Angus, como a Actinobacilose, Cisticercose, Fasciolose e Hidatidose.

Ao analisar o número de novilhos certificados e não certificados em cada mês do ano estudado, separados por atributo de desclassificação, a Tabela 5 mostra que julho foi o mês em que mais animais foram certificados, em porcentagem. De 2.249 novilhos, 1.619 foram certificados, correspondendo a 72%. Essa alta aprovação dos animais se deve ao fato de a maioria dos animais nessa época ser terminada em pastagens cultivadas de inverno, com alta qualidade nutricional.

Tabela 5
Certificação e motivos para não certificação de bois de acordo com os meses do ano

Somente nos meses de abril e maio, a proporção de animais certificados era inferior a 50% dos animais com padrão racial, em razão da alta desqualificação por gordura ou dentição, 23,8 e 21,9%, respectivamente.

Considerando apenas os novilhos (Tabela 5), as taxas de desclassificação por gordura e dentição foram de 18,6 e 15,7% respectivamente, o que representa 4.217 bois desclassificados pela terminação e 3.562 desclassificados pela dentição.

Em relação ao estado sexual, setembro, outubro e novembro foram os meses com mais animais desclassificados por esse motivo, com 33 animais não certificados nesse período, mais da metade do total anual reprovado para essa característica. A possível explicação é que, nessa época do ano, são realizados os testes andrológicos em touros adultos para uso em campo e em touros jovens que serão levados aos leilões. Os animais reprovados nesses testes são destinados ao abate.

Quando as fêmeas foram analisadas na Tabela 6, verifica-se que apenas 27,5% são certificadas pelo programa, sendo agosto, setembro, outubro e novembro os meses com os maiores números de certificação. Como já discutido, entre as fêmeas a dentição foi o principal motivo de desqualificação, visto que a cada mês estudado mais de 50% das abatidas com o padrão racial tinham seis ou oito dentes. Juntos, desqualificação por dente e gordura mais dente, um total de 11.600 fêmeas com padrão racial foram desqualificadas, indicando que muitas das fêmeas abatidas eram vacas de descarte. Porém, por outro lado, também se pode inferir que 934 cabeças eram jovens, mas não tinham acabamento, e outras 563 eram jovens e gordas, mas apresentavam problemas de saúde. Isso representa que 8,3% de todas as fêmeas abatidas com o padrão racial eram jovens, provavelmente descartadas pelo excesso de fêmeas em seus rebanhos de origem(1717 Gontijo RP, Boari CA, Pires AV, Silva MA, Abreu LRA, Martins PGMA. Carcass traits and meat quality of quails from both sexes and eight distinct strains. Animal Production Science. 2016; 57(10):2141-2147).

Tabela 6
Certificação e motivos para não certificação de vacas e novilhas de acordo com os meses do ano

O alto percentual de vacas de descarte, velhas ou jovens, mostra que um preço semelhante entre novilhos e vacas praticado no Sul do Brasil já é de 5%(33 Vaz FN, Pascoal LL, Pacheco PP, Vaz RZ, Vargas FV, Soccal DC, Maysonnave GS. Finished beef cattle purchase transactions study in an abattoir firm in the Rio Grande do Sul state. American International Journal of Contemporary Research. 2014; 4(9):165-174.). Nessa região, os criadores ajustam seus horários de acordo com a produção natural de forragem, que é regulada pelas condições climáticas. O acasalamento ocorre de dezembro a fevereiro, o diagnóstico de gravidez ocorre em abril ou maio e o descarte é vendido logo após esse manejo ou, se for utilizada forragem cultivada no inverno, três ou quatro meses depois.

Ao longo dos meses do ano, esse dado mostra que para machos (Tabela 5) ou fêmeas (Tabela 6) julho é o mês com o maior percentual de animais certificados pelo programa. Nesse mês, 36,95%, ou 518 fêmeas foram certificadas no matadouro estudado, mas em números absolutos, em outubro, a certificação chegou a 910.

Em relação aos valores pagos aos produtores, uma nova análise foi construída (Tabela 7) mostrando que, em porcentagem, as fêmeas agregaram mais valor em relação aos machos. A explicação para isso é que, ao ser certificada, a fêmea passa a ser remunerada sobre o preço base dos machos, que é sempre superior ao preço base feminino. Portanto, o valor agregado das fêmeas é decorrente do preço do macho mais o bônus para a classe de peso da carcaça em função da dentição do animal, conforme mostrado na Figura 1.

Tabela 7
Agregação de valores relativos e absolutos em fêmeas e machos certificados pelo Programa MeatAngus no Sul do Brasil

Embora o valor relativo seja menor, em valores absolutos a agregação do preço nos machos é maior, decorrente do maior peso da carcaça em relação às fêmeas, conforme já discutido na Tabela 1. Em valores absolutos, a agregação do valor na carcaça dos novilhos foi quase US$ 3,00 maior que para carcaças de fêmeas jovens.

Em outra perspectiva, a Tabela 8 mostra uma simulação de fêmeas que não foram certificadas devido ao baixo teor de gordura da carcaça, não atingindo a classe de gordura “mediana”, acabamento mínimo necessário para que a certificação ocorra. Observa-se que esses animais que tiveram a primeira dentição (dente zero) não receberam em média US$ 63,87 em razão da baixa gordura da carcaça. Esses valores foram estimados com base na bonificação de 3% que animais jovens, com zero dente e 186,3 kg de peso de carcaça fria, recebem, somada ao preço de compra dos machos, conforme explicado anteriormente.

Tabela 8
Simulação de agregação de valor para fêmeas não certificadas devido à gordura insuficiente, caso fossem abatidas com gordura classe 3

Para animais com dois dentes, que não foram certificados por motivo de gordura classe 1, os valores não são apresentados na Tabela 8, como a penalidade imposta pelo matadouro estudado. É bastante representativo (na verdade 60% do valor negociado), o que resultaria em uma remuneração final de R$ 1.748,75, uma diferença de R$ 1.184,86 por carcaça, já que animais com 2 dentes, classe 1 de gordura, recebiam em média R$ 563,89. Ressalta-se que o número de carcaças durante o ano de 2014 com essas características foi baixo, poucas fêmeas apresentaram dentição 2 e acabamento 1 (ausente). É importante notar também que os animais com padrão Aberdeen Angus, e seus cruzamentos, com dentição adequada e acabamento inexistente, não eram muitos, e existem alguns cuidados dos produtores em não matar animais com falta de acabamento, sob risco de serem penalizados por essas carcaças na indústria frigorífica.

A depreciação de carcaças com acabamento 1 é uma regra severa da indústria pesquisada, a fim de inibir o abate como fim de animais facilmente identificados como magros. Porém, alguns produtores acabam vendendo animais para abate por não conseguir engordá-los com seus grupos contemporâneos. As fêmeas já com dentição 4, mas que terminam 2, não somam mais R$ 219,40 quando comparadas se obtivessem a remuneração das carcaças terminadas 3.

A Tabela 9 mostra que machos desclassificados por terminação 2, que teoricamente poderia ser finalizada com mais alguns dias de alimentação, o valor médio em relação ao preço base foi R$ 0,03 menor, provavelmente em decorrência de uma menor barganha entre produtor e indústria quando os animais são menos acabados. Esses animais também apresentaram menor peso de carcaça do que os animais com acabamento 3, em decorrência da maior deposição de gordura no café com leite. Ressalta-se que, para animais com acabamento baixo (2) atingirem o grau mediano (3), o produtor teria um custo maior, e esse valor deveria ser inferior ao valor que não foi somado ao fato de os animais não serem certificados.

Tabela 9
Simulação de agregação de valor para machos não certificados devido ao acabamento insuficiente, caso fossem vendidos com gordura classe 3

Às vezes, devido à sazonalidade das pastagens de engorda, os produtores preferem manter os animais por mais um ano no sistema de produção, com ganhos de peso menores, do que investir na melhoria do nível de alimentação para realizar a terminação dos animais mais jovens. Os próximos resultados apresentaram valores estimados de agregação de valor que poderiam ser alcançados se algumas questões de certificação não ideais fossem aprimoradas.

Outra discussão que pode ser feita é sobre a possibilidade de os produtores finalizarem os animais que serão desclassificados por dentição avançada, antes da temporada planejada, mas com dentição aceita pela certificação Angus Meat. No caso de fêmeas com padrão racial e acabamento exigido pelo Programa Carne Angus, mas com 6 dentes, se fossem comercializadas quando ainda tivessem 4 dentes, logicamente com peso menor, poderiam receber um bônus de 3% acima do preço base, somando apenas R$ 23,40 (Tabela 10) em função do seu baixo peso de carcaça.

Tabela 10
Simulação de agregação de valor para fêmeas não certificadas devido à dentição avançada, se fossem vendidas com 4 dentes

Quando foi estimado o valor para fêmeas com 8 dentes, abatidas ainda com 4 dentes, não há valor agregado em consequência da redução do peso da carcaça fria, reduzindo o valor pago por cabeça. Em vacas com 8 dentes, o peso médio da carcaça fria foi de 222,9 kg, ou 4,5% maior que o peso dos animais com 6 dentes, e 6,5% maior que o peso das novilhas com 4 dentes. Esse percentual maior no peso da carcaça suplanta o bônus que esses animais alcançariam se fossem incluídos no Programa Carne Angus. O mesmo raciocínio pode ser feito para vacas com acabamento de gordura uniforme (gordura 4), nas quais o peso da carcaça foi ainda maior, suplantando ainda mais o bônus que seria obtido se essas fêmeas fossem abatidas com 4 dentes.

Os resultados estimados na Tabela 11 para novilhos com dentição 6 e terminação classe 3 ou 4 mostram que a dentição avançada evitou uma receita adicional de R$ 20,43 e R$ 33,10, respectivamente, simulando o abate do mesmo animal com dentição 4. Além disso, animais com 8 dentes não agregariam valor se abatidos com 4 dentes por causa do alto peso de carcaça quando sua dentição é de 8 dentes, correspondendo a 271,78 kg e 295,17 kg, respectivamente, para animais com acabamentos 3 e 4. Tal como nas fêmeas, esses animais não ganham mais o subsídio oferecido pela Associação Brasileira de Angus, mas agregam valor com o peso da carcaça, mesmo que o produtor tenha um custo elevado com esses produtos, pois ficam mais tempo na fazenda até atingirem essa idade de abate.

Tabela 11
Simulação de agregação de valor para novilhos não certificados devido à dentição avançada, caso fossem vendidos com 4 dentes

Conclusões

O percentual de certificação é maior nos novilhos em relação às fêmeas, uma vez que os machos são abatidos com idade menor que as fêmeas.

Os novilhos são mais pesados que as fêmeas em todas as idades, sendo o seu bônus, em valores absolutos, maior que as novilhas. Porém, em valores relativos, a agregação de receita é maior em vacas e novilhas, pois a certificação aumenta o valor do preço base de negociação, como regra do Programa Carne Angus.

Em novilhos, a desclassificação ocorre principalmente devido à falta de acabamento das carcaças, enquanto nas fêmeas a desclassificação mais expressiva se deve à dentição avançada.

Julho é o mês com a maior certificação animal em relação ao total de animais com padrão racial abatidos, enquanto em maio ocorre a maior desclassificação de animais no Programa Carne Angus. Analisando apenas o sexo feminino, o maior mês de desclassificação foi março.

Considerando apenas a receita final, não é vantajoso para o produtor abater animais com padrão racial do Programa Angus Beef em idade mais jovem, uma vez que a redução do peso da carcaça não compensa os bônus que possam ser obtidos. No entanto, outro trabalho deve olhar para o aumento de custo que os agricultores têm ao manter os animais por mais tempo na fazenda.

Em relação à falta de acabamento em animais com padrão racial, ocorre uma desagregação do valor quando os animais são abatidos antes de atingir o acabamento padrão exigido pela certificação Meat Angus, representando US$ 66,73 por cabeça nas fêmeas e US$ 88,00 por cabeça nos novilhos, simulando os 4 dentes.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    28 Abr 2021
  • Data do Fascículo
    2021

Histórico

  • Recebido
    07 Fev 2019
  • Aceito
    20 Fev 2020
  • Publicado
    20 Jan 2021
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