TY - JOUR AU - Macedo, André Luan Nunes PY - 2020/07/31 Y2 - 2024/03/29 TI - A história do eurocentrismo na história intelectual JF - Revista de Teoria da História JA - Revista de Teoria da História VL - 23 IS - 1 SE - Artigos livres DO - 10.5216/rth.v23i1.61801 UR - https://revistas.ufg.br/teoria/article/view/61801 SP - 257 - 281 AB - <p>O presente artigo procura realizar um balanço teórico e historiográfico sobre o conceito de eurocentrismo a partir de cinco perspectivas intelectuais de diferentes espaços geográficos e tempos: a crítica à <em>Global History </em>desenvolvida por Perla Pacheco; o pós-colonialismo indiano, representado pelos <em>Subaltern Studies</em> e em autores como Dipesh Chakrabarty e Sanjay Seth, além dos formuladores do pensamento terceiro-mundista no contexto pós-colonial, como Robert Young; &nbsp;o decolonialismo latino-americano de Anibal Quijano e Enrique Dussel; e, por fim, os estudos vinculados à tradição marxista que aqui enquadramos no espectro das teorias do desenvolvimento/subdesenvolvimento propostas por Andre Gunder Frank e Samir Amin. O balanço das perspectivas intelectuais em questão tem como objetivo apontar suas semelhanças e contrastes. Tanto do ponto de vista teórico quanto metodológico, procurou-se também observar os diferentes sentidos semânticos produzidos por tais intelectuais para o conceito em questão. Foi possível constatar duas correntes que produzem uma crítica ao eurocentrismo: uma com ênfase no aspecto cultural, vinculado às teorias do sujeito e dos “lugares de fala”; e a segunda, uma crítica holística ao eurocentrismo como fenômeno, pautada na análise macroscópica da história, tendo como objetivo ressignificar a ideia de globalidade e universalidade. &nbsp;Nesse sentido, o trabalho desenvolvido procurou traçar uma narrativa sobre a reflexão do conceito de eurocentrismo e seus diferentes usos ao longo do tempo.</p> ER -