Desenvolvimento social e alívio da pobreza no discurso do Banco Mundial: implicações para as políticas de formação de professores

Autores

  • Anibal Correia Brito Neto Universidade do Estado do Pará (UEPA), Belém, Pará, Brasil, anibal.neto@uepa.br

DOI:

https://doi.org/10.5216/rp.v32i1.67401

Resumo

Em face da necessidade de readequação da governabilidade neoliberal, cuja vertente ortodoxa mostrou os seus limites, o Banco Mundial precisou subordinar, analítica e programaticamente, a política de alívio da pobreza à perspectiva de liberalização econômica, o que implicou em uma maior prioridade concedida ao fenômeno educacional e, consequentemente, à figura do professor. Nesse contexto, o estudo em tela buscou sistematizar e discutir as principais proposições do Banco Mundial para a especificidade da formação docente na atualidade. Por meio da análise conceitual dos documentos do Banco sobre o tema educacional, foi possível revelar que por trás do discurso afável da busca pelo desenvolvimento social e do alívio da pobreza está encoberto a inversão ideológica entre aquilo que seria determinante e determinado no que se refere à dinâmica social, o uso funcional à logica do capital da categoria aprendizagem e o predomínio das pedagogias do aprender a aprender. Nesse sentido, conclui-se que o enaltecimento do tema docente, em especial da formação de professores, está relacionado com a possibilidade de o professor operar, no âmbito escolar e sob o ardil do discurso de justiça social, a reprodução tanto das condições técnicas quanto ético-políticas necessárias à manutenção da ordem capitalista.

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Publicado

2021-01-19

Como Citar

CORREIA BRITO NETO, A. . Desenvolvimento social e alívio da pobreza no discurso do Banco Mundial: implicações para as políticas de formação de professores. Revista Polyphonía, Goiânia, v. 32, n. 1, p. 219–240, 2021. DOI: 10.5216/rp.v32i1.67401. Disponível em: https://revistas.ufg.br/sv/article/view/67401. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Escola, Complexidade e Justiça Social