O trabalho colaborativo do intérprete de Libras e o ensino de português para surdos na escolarização básica

Autores

  • Andréa dos Guimarães Carvalho Rede Municipal de Educação das cidades de Senador Canedo e de Goiânia.
  • Deise Nanci de Castro Mesquita Cepae/UFG

DOI:

https://doi.org/10.5216/rp.v26i1.37992

Resumo

A convivência e o incômodo com os frequentes fracassos dos alunos com surdez na aprendizagem da leitura e escrita do português, em escolas regulares inclusivas, motivaram o desenvolvimento da dissertação descrita neste artigo, cujo foco central é a discussão sobre o papel do intérprete de Libras e suas ações colaborativas na busca da superação desses problemas. O “Produto Educacional” final da pesquisa foi um fórum de discussão em um Espaço Colaborativo Virtual Permanente, para possibilitar o debate e a troca de experiências continuadas entre os profissionais envolvidos no campo da inclusão. Os objetivos específicos do estudo foram identificar tipos de abordagens didático-pedagógicas e flexibilizações curriculares pertinentes ao ambiente escolar. Dois alunos surdos foram investigados por meio de entrevista, teste avaliativo com palavras e figuras e a observação participante do intérprete/pesquisador em sala de aula. Os principais resultados e análises, obtidos a partir das referências teóricas de Vygotsky (2005), Bakhtin (2003), Quadros (2004) entre outros, mostraram estratégias colaborativas do profissional intérprete, tais como: construção de textos com imagens adaptativas e contextualizadas abordando temáticas que envolvem o cotidiano do aluno surdo, o uso de estratégias comparativas interlínguas durante o processo tradutório, favorecendo maior entendimento dos aspectos gramaticais biculturais e bilíngues, construção de vídeos adaptados, reforço datilológico seguido do sinal etc. A conclusão é que a atuação desse profissional vai muito além do mero ato de interpretar e traduzir conteúdos, explicações e exercícios em sala de aula, e que quando participa colaborativamente com os demais colegas envolvidos no planejamento, preparação e aplicação de atividades, o intérprete de Libras contribui efetivamente com o desenvolvimento cognitivo do aluno com surdez, na escola de ensino regular de educação básica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andréa dos Guimarães Carvalho, Rede Municipal de Educação das cidades de Senador Canedo e de Goiânia.

Professora da Rede Municipal de Educação das cidades de Senador Canedo e de Goiânia. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino na Educação Básica do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à educação da Universidade Federal de Goiás. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Linguística da UNB.

Deise Nanci de Castro Mesquita, Cepae/UFG

Programa de Pós-Graduação em Ensino na Educação Básica do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à educação da Universidade Federal de Goiás.

Downloads

Publicado

2015-10-09

Como Citar

CARVALHO, A. dos G.; MESQUITA, D. N. de C. O trabalho colaborativo do intérprete de Libras e o ensino de português para surdos na escolarização básica. Revista Polyphonía, Goiânia, v. 26, n. 1, p. 227–241, 2015. DOI: 10.5216/rp.v26i1.37992. Disponível em: https://revistas.ufg.br/sv/article/view/37992. Acesso em: 29 mar. 2024.