Vincent e Frankenweenie: a infância no cinema “expressionista” de Tim Burton

Autores

  • Glacy Queirós de Roure Psicanalista e Docente do Programa de Pós Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
  • Ana Carolina Roure Malta de Sá Professora na UAB/UnB e na Faculdade Mauá.

DOI:

https://doi.org/10.5216/rp.v25i2.38171

Resumo

Este trabalho é vinculado à pesquisa em andamento, Arte, psicanálise e educação: procedimentos estéticos no cinema e as vicissitudes da infância (FE-CEPAE/UFG, PUC/Goiás, UEG-Goiás e UAB/UNB) e também ao Grupo de estudos e pesquisa: educação, infância, arte e psicanálise – GEPEIAP/CNPq. A arte, e de modo especial, o cinema de animação tem muito a revelar sobre os sentimentos de angústia e desamparo que demarcam a dimensão traumática da infância. Estamos falando de animações cujo roteiro e argumentação tocam em temas que colocam em questão a atitude do homem para com a morte, a realização de desejos, a repetição inconsciente e o complexo de castração. Se os dispositivos estéticos - luz, cor, planos - iluminam a experiência traumática vivenciada na infância é porque são capazes de produzir uma espécie de “retorno do recalcado na esfera do visual (DIDI-HUBERMAN,1998)” e assim, dar materialidade a sentimentos reveladores de angústia, medo, horror e desamparo que constituem esse tempo. Nesse trabalho, analisamos as animações Vincent (1982) e Frankenweenie (2012), ambas realizadas em stop motion e dirigidas por Tim Burton a partir de elementos expressionistas. Em relação ao uso dessa técnica sabe-se o quanto a fisicalidade dos bonecos e do cenário possibilita ao espectador maior credibilidade ao mundo imaginário que ali se apresenta. Nesse sentido, quando os cenários e os personagens deixam de se apresentar como representações literais da realidade e assumem a forma de metáforas visuais, a narrativa torna-se espaço singular para a apresentação de sonhos e pesadelos tão próprios ao mundo humano.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Glacy Queirós de Roure, Psicanalista e Docente do Programa de Pós Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

Psicanalista e Docente do Programa de Pós Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

Ana Carolina Roure Malta de Sá, Professora na UAB/UnB e na Faculdade Mauá.

Professora na UAB/UnB e na Faculdade Mauá.

Downloads

Publicado

2015-10-21

Como Citar

ROURE, G. Q. de; SÁ, A. C. R. M. de. Vincent e Frankenweenie: a infância no cinema “expressionista” de Tim Burton. Revista Polyphonía, Goiânia, v. 25, n. 2, p. 211–232, 2015. DOI: 10.5216/rp.v25i2.38171. Disponível em: https://revistas.ufg.br/sv/article/view/38171. Acesso em: 20 abr. 2024.