A memória des-figurada de Walter Benjamin

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/sig.v32.58574

Palavras-chave:

Walter Benjamin, Sonho, Infância, Autobiografia

Resumo

Este artigo propõe uma análise de Walter Benjamin a partir de seus escritos supostamente autobiográficos, Infância berlinense: 1900 e Crônica berlinense, a partir de uma imagem que Freud nos coloca: a do arqueólogo, ou, aquele que escava as memórias. Assim, esse arqueólogo do instante se apresenta pela e na des-figuração de uma linguagem que já surge menos como meio de transmissão da comunicação do que como espaço onde seus sonhos e devaneios se revelam. Por fim, a potência dos Denkbilder benjaminianos se mostra como sintoma de uma modernidade sem norte e como falsa promessa da história da racionalidade e do progresso.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Helano Jader Ribeiro, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

Professor Adjunto de Língua Alemã na Universidade Federal de Pelotas. Doutor em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Referências

BARRENTO, João. Limiares sobre Walter Benjamin. Florianópolis: Editora UFSC, 2013.

BENJAMIN, Walter. A imagem de Proust. In: BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas. Magia e técnica, arte e política. Tradução Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1996.

BENJAMIN, Walter. Passagens. Tradução Irene Aron e Cleonice Paes Barreto Mourão. Belo Horizonte: Ed. UFMG, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2006.

BENJAMIN, Walter. Rua de mão única. Infância Berlinense: 1900. Tradução João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

BENJAMIN, Walter. Sobre alguns motivos na obra de Baudelaire. In: BENJAMIN, Walter. Baudelaire e a modernidade. Tradução João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito de história. In: BENJAMIN, Walter. O anjo da história. Tradução João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

BENJAMIN, Walter. Escavar e recordar. In: BENJAMIN, Walter. Imagens de pensamento. Sobre o haxixe e outras drogas. Tradução João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

DIDI-HUBERMAN, Georges. O que vemos, o que nos olha. Tradução Paulo Neves. São Paulo: Editora 34, 1998.

FREUD, Sigmund. O delírio e os sonhos na Gradiva. In: FREUD, Sigmund. Obras completas. Tradução Paulo Cézar de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, v.8, 2015.

JAY, Martin. A imaginação dialética. História da Escola de Frankfurt e do Instituto de Pesquisas Sociais. Rio de Janeiro: Contraponto, 2008.

TIEDEMANN, Rolf. Studien zur Philosophie Walter Benjamins. Frankfurt: Suhrkamp, 1973.

WEIGEL, Sigrid. Entstellte Ähnlichkeit. Walter Benjamins theoretische Schreibweise. Frankfurt: Fischer, 1997.

WERNER, Nadine. Archäologie des Erinnerns. Sigmund Freund in Walter Benjamins Berliner Kindheit. Göttingen: Wallstein, 2015.

Downloads

Publicado

2020-04-04

Como Citar

RIBEIRO, H. J. A memória des-figurada de Walter Benjamin. Signótica, Goiânia, v. 32, p. e58574, 2020. DOI: 10.5216/sig.v32.58574. Disponível em: https://revistas.ufg.br/sig/article/view/58574. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Estudos Literários