GOYANIA = GOIÂNIA, de poema a topônimo

Autores

  • Antón Corbacho Quintela
  • Luciana Andrade Cavalcante de Castro

Resumo

Em 1985, Bernardo Élis incluiu no seu livro Goiás em sol maior [comentário cultural, literário e sentimental] um artigo intitulado “Cidades goianas: cada nome que, faça-me o favor”. Nele comenta que em confronto com o restante do Brasil (exceto São Paulo), a nominata dos topônimos goianos dos últimos tempos não denuncia muita imaginação criadora. Predominam nas cidades nomes de pessoas acrescidas do sufixo ou terminação “pólis”, “lândia”, ou “ânia”, “ônia”, “ésia”, quando não são denominações forjadas pela combinação de sílabas tiradas de outros nomes, nem sempre feliz. Em suas ponderações sobre a toponímia do Estado de Goiás, o imortal acadêmico liberta a sua perspectiva crítica mais cáustica e qualifica de “indigente demonstração de nacionalismo” um modismo iniciado no Estado Novo, sob a escusa de evitar nomes repetidos nos Estados da República, pelo qual se produziu a substituição, por inexpressivos e mal compostos vocábulos tupi-guaranis, dos nomes portugueses com que foram inicialmente batizadas algumas localidades. Contudo, nos juízos de valor de Bernardo Élis, também há espaço para menções encomiásticas aos topônimos que ele define como “bonitos” e “gostosos” por terem a capacidade de despertar em nós “as melhores emoções”. (Continua...)

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Publicado

31-07-2017

Como Citar

QUINTELA, A. C.; DE CASTRO, L. A. C. GOYANIA = GOIÂNIA, de poema a topônimo. Revista UFG, Goiânia, v. 9, n. 1, 2017. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/48170. Acesso em: 23 abr. 2024.

Edição

Seção

Memória