Recalques em fundações profundas – análise em estacas hélice contínua

Autores

  • Pedro Lucas Prununciati Faculdade de Engenharia de Sorocaba (FACENS), Sorocaba, São Paulo, Brasil, pedro.prununciati@hotmail.com http://orcid.org/0000-0002-9844-8510
  • Jean Rodrigo Garcia Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, Minas Gerais, Brasil, jean.garcia@ufu.br http://orcid.org/0000-0002-8645-2555
  • Tiago Garcia Rodriguez Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, São Paulo, Brasil, tiago@geoprova.com.br

DOI:

https://doi.org/10.5216/reec.v14i1.47915

Resumo

O recalque em fundações profundas e sua influência numa edificação tem se mostrado um parâmetro crítico, já que em diversos projetos a capacidade de carga não é o fator limitante, mas sim o recalque que a estrutura pode suportar em seu estado limite de serviço (ELS). Neste trabalho, são analisados resultados de deslocamento para uma estaca, estimados a partir dos métodos de Poulos e Davis (1980), Vésic (1969, 1975a) e Cintra e Aoki (2010), comparando-os com o valor recalque obtido por ensaios de prova de carga. Para tal, se apresentam três ensaios com carregamento do tipo lento, seguindo instruções da NBR12131 (ABNT, 2006), executados em estacas hélice contínua instrumentadas, com comprimentos de 14,75 m, 12,85 m e 21,80 m e diâmetros de 70 cm, 60 cm e 70 cm, respectivamente. Essas estacas foram ensaiadas no munícipio de Itatiba, em uma região onde sondagens à percussão demonstram a predominância de areia e silte. Para as estacas analisadas, o método proposto por Cintra e Aoki (2010) mostrou melhor resultado para a estimativa do recalque, quando comparado aos resultados de recalque obtidos em prova de carga. O método Poulos e Davis (1980) obteve desempenho menos satisfatório, resultando uma margem de erro de 16%, para mais ou para menos. O método de Vésic (1969, 1975a) se mostrou conservador e, nos casos analisados, resultou uma superestimativa de 138%, quando comparados aos valores de prova de carga.

Abstract

The settlement in deep foundations and its influence appears to be a critical parameter, as in many projects, the load capacity of a pile is not the limiting factor, but the settlement which the structure can suffer on its serviceability limit state (SLS) is. In this research, the settlement results of a pile, estimated by the methods of Poulos e Davis (1980), Vésic (1969, 1975a) and Cintra e Aoki (2010) will be analyzed, to be compared with the value of settlement obtained from load tests. Three slow type load tests, following the instructions of NBR12131 (ABNT, 2006) are presented, carried out in instrumented continuous flight augers, with lengths of 14,75 m, 12,85 m and 21,80 m and diameters of 70 cm, 60 cm and 70 cm, respectively. Those piles were tested in the city of Itatiba, in a region where standard penetration tests evidenced the predominance of sand and silt. In the analyzed piles, the Cintra e Aoki (2010) method has shown the best result for a settlement estimate, when compared with the value obtained by a load test. The Poulos e Davis method (1980) obtained a less satisfactory performance, resulting a margin of sampling error of plus or minus 16%. The Vésic method (1969, 1975a) has shown to be conservative, resulting, in the analyzed cases, an overestimate of 138%, when compared with the load tests values.

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Biografia do Autor

Pedro Lucas Prununciati, Faculdade de Engenharia de Sorocaba (FACENS), Sorocaba, São Paulo, Brasil, pedro.prununciati@hotmail.com

Jean Rodrigo Garcia, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, Minas Gerais, Brasil, jean.garcia@ufu.br

Tiago Garcia Rodriguez, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, São Paulo, Brasil, tiago@geoprova.com.br

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Publicado

2017-10-03

Como Citar

LUCAS PRUNUNCIATI, P. .; RODRIGO GARCIA, J.; GARCIA RODRIGUEZ, T. . Recalques em fundações profundas – análise em estacas hélice contínua . REEC - Revista Eletrônica de Engenharia Civil, Goiânia, v. 14, n. 1, 2017. DOI: 10.5216/reec.v14i1.47915. Disponível em: https://revistas.ufg.br/reec/article/view/47915. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Geotecnia