Cinema do tempo, profundidade de campo e a metafísica da memória em Deleuze

Autores

  • Ana Carolina Gomes Araújo - Universidade Federal do Paraná (UFPR); - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM).

DOI:

https://doi.org/10.5216/phi.v25i1.49578

Palavras-chave:

cinema, tempo, Deleuze, profundidade de campo, Bergson.

Resumo

Em Imagem-tempo Deleuze quando do quarto comentário a Bergson fala em cinema do tempo remetendo a Orson Welles e ao filme Cidadão Kane. O cinema do tempo é apresentado a partir de três caracteres de um tempo não cronológico. Deleuze aponta para uma condição do cinema do tempo ao propor a substituição de uma vista pragmática longitudinal por uma visão ótica, vertical, em profundidade. A profundidade de campo é trabalhada enquanto um elemento conceitual no trato de uma metafísica da memória  em diálogo com as bases do cinema moderno, nesse sentido, os três caracteres de um tempo não cronológico e a inserção de uma nova relação entre tempo e espaço no cinema são constituintes de uma imagem tempo direta cujo problema filosófico perpassa a inserção do movimento no pensamento. O encontro do quarto comentário em Imagem-tempo com o primeiro comentário a Bergson em Imagem-movimento é o percurso para compreender a importância da profundidade de campo. Assim o cinema do tempo de Welles é entendido como o cinema de uma metafísica da memória a partir de duas fontes: o esforço atual de evocação para suscitar a imagem-lembrança e a exploração das zonas virtuais de passado para encontrar a imagem-lembrança.

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Biografia do Autor

Ana Carolina Gomes Araújo, - Universidade Federal do Paraná (UFPR); - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM).

Doutoranda em Filosofia na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Mestrado em Filosofia na Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Bacharelado e Licenciatura em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Professora efetiva no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM).

Experiência em Filosofia Contemporânea, Estética e Filosofia da Educação, atuando principalmente no diálogo Filosofia-Arte. 

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4645317145544661

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Publicado

26-08-2020

Como Citar

ARAÚJO, A. C. G. Cinema do tempo, profundidade de campo e a metafísica da memória em Deleuze. Philósophos - Revista de Filosofia, Goiânia, v. 25, n. 1, 2020. DOI: 10.5216/phi.v25i1.49578. Disponível em: https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/49578. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais