TY - JOUR AU - Zuppolini, Breno Andrade PY - 2014/09/25 Y2 - 2024/03/29 TI - FORMA LÓGICA DAS PROPOSIÇÕES CIENTÍFICAS E ONTOLOGIA DA PREDICAÇÃO: UM FALSO DILEMA NOS SEGUNDOS ANALÍTICOS DE ARISTÓTELES JF - Philósophos - Revista de Filosofia JA - Philósophos VL - 19 IS - 2 SE - Dossiê de Artigos Originais DO - 10.5216/phi.v19i2.31175 UR - https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/31175 SP - 11-45 AB - <p class="western"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: small;">Nos <em>Segundos Analíticos</em>, Aristóteles impõe alguns requisitos à formulação de proposições científicas: (i) seus termos têm de poder desempenhar tanto a função de sujeito como de predicado; (ii) seus termos devem ser universais; (iii) toda demonstração envolve sujeitos “primeiros”, designados por termos que não podem “ser ditos de um subjacente distinto”. Diversos intérpretes, inspirados por teses do tratado das <em>Categorias</em>, julgaram que este terceiro requisito remete a nomes ou descrições de substâncias particulares como sujeitos básicos de enunciados predicativos, por se tratar de termos que não podem desempenhar a função lógica de predicado. Esta leitura, porém, coloca o terceiro requisito em conflito com os dois primeiros. Argumentarei que a mencionada interpretação está equivocada e que este terceiro requisito não atribui a termos singulares o papel de sujeitos básicos do discurso científico, mas apenas reconhece uma certa prerrogativa de predicados substanciais para ocorrerem em locuções denotativas. Consequentemente, as três exigências de Aristóteles revelar-se-ão compatíveis entre si.</span></span></p> ER -