INTERFACES DA NATUREZA E DA SOCIEDADE NA OBRA DE GABRIEL TARDE

Autores

  • Rafael Henrique Teixeira Universidade Federal de São Carlos Departamento de Filosofia e Metodologia das Ciências Programa de Pós-Graduação em Filosofia.

DOI:

https://doi.org/10.5216/phi.v20i1.33482

Palavras-chave:

mônada, acordo, ciência, sociedade.

Resumo

O presente artigo trata da monadologia e da filosofia da imitação de Gabriel Tarde do ponto de vista de sua complementaridade na constituição de um “ponto de vista sociológico universal”, interpretação sociológica de todos os fenômenos, materiais (vibratórios), biológicos (hereditários) e humanos (imitativos). De um lado Tarde estabelece uma neo-monadologia ao romper com Leibniz liberando as mônadas da clausura em que este as condenava. Abertas, as mônadas passam a se associar via possessão recíproca, constituindo assim os acordos e harmonias que Leibniz explicava pelo sistema da harmonia preestabelecida. Esses acordos monádicos são sociedades de uma miríade de tipos, eles explicam a constituição de todo e qualquer fenomeno. De outro lado Tarde se esforça, por meio da sua filosofia da imitação, em fornecer um substrato científico à sociologia então nascente, tomando a imitação como o elemento antropológico de uma atividade associativa que se manifesta na totalidade do cosmos. Depurando assim o objeto próprio de uma ciência do social, Tarde acaba por descobrir um regime de causalidade que, pela clareza pela qual se oferece ao observador, é estendida à totalidade da natureza, iluminando o fundo obscuro e inacessível à observação direta no qual se efetuam as associações monádicas.

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Biografia do Autor

Rafael Henrique Teixeira, Universidade Federal de São Carlos Departamento de Filosofia e Metodologia das Ciências Programa de Pós-Graduação em Filosofia.

Doutor em Filosofia pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de São Carlos.

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Publicado

31-08-2015

Como Citar

TEIXEIRA, R. H. INTERFACES DA NATUREZA E DA SOCIEDADE NA OBRA DE GABRIEL TARDE. Philósophos - Revista de Filosofia, Goiânia, v. 20, n. 1, p. 247–277, 2015. DOI: 10.5216/phi.v20i1.33482. Disponível em: https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/33482. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais