Atividade de rizobactérias antagonistas a Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae em solos cultivados com monocotiledôneas

Autores

  • Lucila Oliveira Santos Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Elina Isaque Delane Macamo Elina Isaque Delane Macamo Mestre em Microbiologia Agrícola Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Centro de Ciências Agrícolas Ambientais e Biológicas
  • Fernando Haddad Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Embrapa Mandioca e Fruticultura.
  • Harllen Sandro Alves Silva Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Embrapa Mandioca e Fruticultura.

Palavras-chave:

Atividade microbiana, maracujá, milheto, controle biológico.

Resumo

Apesar da importância da passicultura no Brasil, essa atividade foi forçada a ser itinerante, devido à ocorrência de doenças nas regiões produtoras, em particular a fusariose. O uso de rizobactérias é uma alternativa de controle potencial, mas outras ações são necessárias para garantir a atividade dessas bactérias no campo. Objetivou-se avaliar a influência de três culturas monocotiledônicas sobre a atividade de rizobactérias antagonistas a Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae (Fop). As rizobactérias foram isoladas de maracujazeiro e testadas para a produção de compostos difusíveis e voláteis, bem como quitinases que inibem Fop. De um total de 167 isolados, dois produziram compostos voláteis, 21 compostos difusíveis e 32 quitinases. Três combinações compatíveis de isolados que possuíam pelo menos dois mecanismos de ação contra Fop, e podiam crescer em ampla faixa de pH, foram aplicadas em vasos com sorgo, milho ou milheto, além de vasos em pousio (controle), em casa-de-vegetação. Avaliaram-se o carbono da biomassa microbiana, respiração basal do solo, quociente metabólico e atividade da enzima fosfatase ácida. A interação entre as espécies cultivadas e as combinações de rizobactérias foi significativa apenas para o quociente metabólico, cujos valores tendem a ser superiores no cultivo de milheto na combinação 3 (R77/R95/R104/R120), a mais diversificada metabolicamente. A mais alta atividade de fosfatase ácida também foi obtida com milheto. Os resultados relativos à atividade enzimática e quociente metabólico indicam que o milheto proporciona maior atividade dos antagonistas no solo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lucila Oliveira Santos, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e mestrado em Microbiologia Agrícola pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Durante o mestrado atuou na área de Ecologia e manejo de fitopatógenos, selecionando microrganismos benéficos para o biocontrole da fusariose do maracujazeiro. 

Departamento: Centro de Ciências Agrárias Ambientais e Biológicas

Elina Isaque Delane Macamo, Elina Isaque Delane Macamo Mestre em Microbiologia Agrícola Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Centro de Ciências Agrícolas Ambientais e Biológicas

Possui mestrado em Microbiologia Agrícola pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia(2016). Atualmente é docente da Universidade Zambeze. Tem experiência na área de Microbiologia.  

Fernando Haddad, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Embrapa Mandioca e Fruticultura.

Possui graduação em Agronomia e Doutorado em Fitopatologia pela Universidade Federal de Viçosa (2008). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitopatologia. Atualmente é pesquisador A da Embrapa Mandioca e Fruticultura. Atua na cultura do maracujazeiro, concentrando estudos para a mitigação dos danos causados por Fusarium spp., como controle biológico, estudos populacionais dos patógenos e resistência genética. Na cultura da bananeira concentra seus estudos na interação Musa spp. x Fusarium oxysporum f. sp. cubense (Foc), para aplicação no melhoramento genético, com o objetivo maior de otimizar a seleção de genótipos resistentes a Foc e estudos populacionais do patógeno. Os estudos populacionais de Foc visa principalmente à identificação de variantes, em agressividade e/ou virulência, do patógeno para direcionamento de medidas de manejo da doença. Atua na seleção de Musa spp. para resistência a Foc e Mycosphaerella musicola e também estudos para o manejo do mal-do-Panamá da bananeira, principalmente biológico e cultural.

Harllen Sandro Alves Silva, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Embrapa Mandioca e Fruticultura.

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Viçosa (1995). Mestrado (1998) e Doutorado (2002) em Fitopatologia pela Universidade Federal de Viçosa. Pós-doutorado em Fitossanidade realizado na Embrapa Meio Ambiente (2003-2005), como bolsista da FAPESP, dentro do programa BIOTA. Integrou o corpo de pesquisadores científicos do Instituto Biológico de São Paulo, atuando no Laboratório de Bacteriologia Vegetal (2005-2008) como responsável por estudos relacionados a fitobacterioses em ornamentais, análise e detecção de bactérias fitopatogênicas em material propagativo importado para fins de emissão de laudo fitossanitário. Atualmente é pesquisador A da Embrapa Mandioca e Fruticultura, professor permanente do Curso de Mestrado em Microbiologia Agrícola da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB. Desenvolve trabalhos dentro do tema "emprego da microbiota benéfica para o controle de fitopatógenos e incremento da produção agrícola". Coordena projetos em andamento versando sobre rizobactérias e bactérias endofíticas como indutoras do enraizamento de mudas micropropagadas de bananeira e abacaxizeiro, biocontrole em pós-colheita de mamoeiro, emprego de micro-organismos em associação com monocotiledôneas na cultura do maracujazeiro para controle da fusariose, desenvolvimento de substrato para produção de mudas de abacaxizeiro suplementadas com rizobactérias.

Downloads

Publicado

18-01-2018

Como Citar

SANTOS, L. O.; MACAMO, E. I. D.; HADDAD, F.; SILVA, H. S. A. Atividade de rizobactérias antagonistas a Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae em solos cultivados com monocotiledôneas. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 47, n. 4, p. 472–479, 2018. Disponível em: https://revistas.ufg.br/pat/article/view/49752. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigo Científico