Efeito de ethephon e ácido indolbutírico na propagação de cajazeira via estaquia

Resumo

Um dos obstáculos ao cultivo comercial de cajazeira (Spondias mombin L.) é a dificuldade em estabelecer um protocolo de propagação dessa espécie. Objetivou-se avaliar o efeito do tratamento da planta matriz com ethephon e aplicação de ácido indolbutírico (AIB), em estacas de cajazeira. Foi utilizado delineamento inteiramente casualizado, composto por nove tratamentos, com doses de ethephon (0 mg L^-1; 14,5 mg L^-1; 50 mg L^-1; 85,5 mg L^-1; 100 mg L^-1) e de AIB (0 mg L^-1; 872,35 mg L^-1; 3.000 mg L^-1; 5.127,65 mg L^-1; 6.000 mg L^-1), combinados de acordo com o composto central de box, com quatro repetições. Cada unidade experimental consistiu de 12 estacas. Os maiores percentuais de enraizamento de estacas de cajazeira foram observados sem a aplicação de ethephon (45.83 %) nas plantas matrizes e com o uso de 3.000 mg L^-1 de AIB (31.94 %). Para o enraizamento de estacas de cajazeira, não recomenda-se o uso de ethephon para o tratamento de planta matriz antes da retirada das estacas. A dose de 3.000 mg L^-1 de AIB proporciona o enraizamento máximo de estacas de cajazeira, sendo essa dose a mais recomendada para a propagação via estaquia.