AS DIFERENTES INFÂNCIAS QUE HABITAM A ESCOLA: BRINCADEIRAS, TERRITÓRIOS E A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA NO ACOLHIMENTO DE CRIANÇAS EM SITUAÇÃO DE IMIGRAÇÃO NA ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/ia.v46i2.67913

Resumo

Neste artigo apresentamos reflexões a partir de um estudo de caso realizado em uma escola pública municipal de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Entre agosto e dezembro de 2019, foram realizadas oficinas pedagógicas com crianças brasileiras e crianças em situação de imigração matriculadas no 1º segmento do Ensino Fundamental, quando procuramos ouvir as vozes das crianças e conhecer suas percepções sobre o processo de acolhimento de crianças e famílias em situação de imigração na escola pública. Adotamos a perspectiva intercultural como mobilizadora de nossas reflexões teóricas e intervenções práticas, e compreendemos a cultura da infância em sua dinâmica interpretativa e o brincar como um campo aberto atravessado pelos fenômenos transicionais. Neste artigo, discutimos a respeito de como o processo de imigração implica a invenção de novos lugares com os sentidos e sentimentos trazidos de outros lugares: a brincadeira como via de produção de multiterritorialidades. Também observamos, como resultado da pesquisa, a importância de se conhecer as interpretações e construções das crianças, de envolvê-las no debate e no enfrentamento dos dilemas do tempo presente, como a necessária adoção de uma política linguística que valorize as línguas maternas como possibilidade e potência de recriação constante da escola pública brasileira.

PALAVRAS-CHAVE: Infâncias. Imigração. Escola Pública. Multiterritorialidades.

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Biografia do Autor

Leila de Carvalho Mendes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, Brasil, lcmendess@gmail.com

Doutora em Língua Portuguesa pela UERJ e Mestre em Educação pela UFRJ. Possui experiência de mais de 30 anos em escolas, tanto como docente quanto como Orientadora pedagógica. É professora adjunta e pesquisadora da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense – UERJ.

Luciana Pires Alves, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, Brasil, lualpires@gmail.com

Professora pesquisadora na Educação Básica do Município de Duque de Caxias e no Ensino Superior da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ/FEBF). Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação (PPGECC). Docente da linha de pesquisa: EDUCAÇÃO, CULTURA E COMUNICAÇÃO EM PERIFERIAS URBANAS. Integrante do Grupo de Pesquisas AFROSIN-UFRRJ e do Coletivo Infâncias com parceria entre Uerj/FEBEF e UFRRJ.

Kelly Cristina Russo de Souza, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, Brasil, kellyrussobr@gmail.com

Doutora em Educação, PUC-Rio, com Pós Doutorado em Antropologia Social (PPGAS - Museu Nacional/UFRJ) e no Centro de Estudos sobre Ernicidades e Desigualdades na Educação na Universidade de Montreal. É Professora do Programa de Pós Graduação em Educação, Cultura e Comunicação da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense. Coordena o Núcleo de Estudos sobre Povos Indigenas, Interculturalidade e Educação (NEPIIE) e colabora com o Grupo de Estudos sobre Linguagens e Educação (FEBF-UERJ/CAPES).

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Publicado

2021-08-31

Como Citar

MENDES, L. de C. .; ALVES, L. P.; SOUZA, K. C. R. de . AS DIFERENTES INFÂNCIAS QUE HABITAM A ESCOLA: BRINCADEIRAS, TERRITÓRIOS E A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA NO ACOLHIMENTO DE CRIANÇAS EM SITUAÇÃO DE IMIGRAÇÃO NA ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA. Revista Inter-Ação, Goiânia, v. 46, n. 2, p. 607–623, 2021. DOI: 10.5216/ia.v46i2.67913. Disponível em: https://revistas.ufg.br/interacao/article/view/67913. Acesso em: 28 mar. 2024.