CRIANÇAS BOLIVIANAS NA EDUCAÇÃO PÚBLICA: MEDICALIZAÇÃO, ENQUADRAMENTOS DEFICIENTIZADORES E ESTIGMATIZAÇÕES COM BASE NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/ia.v46i2.67920

Resumo

Este artigo analisou experiências recentes de escolarização de crianças bolivianas, especificamente na cidade de São Paulo. Com registros etnográficos feitos nas pesquisas de campo, que proporcionaram participar de cenas cotidianas em três escolas públicas municipais e nos seus entornos, foi possível perceber contínuos processos de estigmatização, com ações que têm reiterado que crianças bolivianas têm propensão ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). As categorias de análise utilizadas foram medicalização e deficientização. Com essas categorias, os excertos de fala apresentados demonstram como crianças bolivianas têm sido constantemente estigmatizadas e encaminhadas para serviços clínicos de avaliação psicológica e neurológica, desconsiderando particularidades culturais.

PALAVRAS-CHAVE: Bolivianos. Medicalização. Deficientização. Transtorno do Espectro Autista.

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Biografia do Autor

Marcos Cezar de Freitas, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Guarulhos, São Paulo, Brasil, marcos.cezar@unifesp.br

Professor Associado Livre-Docente do Departamento de Educação da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo. Orientador de mestrado, doutorado e supervisionador de Pós-doutorados. Iniciou a carreira de professor da educação básica na escola pública em 1982 e em 1988 tornou-se professor universitário atuando, desde então, na formação de professores no Curso de Pedagogia, oferecendo unidades curriculares que abordam a construção social da infância e os fundamentos antropológicos da educação inclusiva. Foi professor visitante em universidades estrangeiras e centros de pesquisa.

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Publicado

2021-08-31

Como Citar

FREITAS, M. C. de. CRIANÇAS BOLIVIANAS NA EDUCAÇÃO PÚBLICA: MEDICALIZAÇÃO, ENQUADRAMENTOS DEFICIENTIZADORES E ESTIGMATIZAÇÕES COM BASE NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA. Revista Inter-Ação, Goiânia, v. 46, n. 2, p. 645–661, 2021. DOI: 10.5216/ia.v46i2.67920. Disponível em: https://revistas.ufg.br/interacao/article/view/67920. Acesso em: 29 mar. 2024.