ESPAÇOS DE CONFLITOS AMBIENTAIS DA ZONA DE AMORTECIMENTO DO PARQUE ESTADUAL MATA DO PAU FERRO (AREIA-PARAÍBA)

Autores

  • Ailson de Lima Marques UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Cassio Ricardo Gonçalves da Costa Universidade Federal da Paraíba.
  • Debora Coelho Moura Universidade Federal de Campina Grande

DOI:

https://doi.org/10.5216/revgeoamb.v0i34.52282

Resumo

O Sistema Nacional das Unidades de Conservação definiu zona de amortecimento, como uma área em torno da Unidade de Conservação, onde as atividades devem ser submetidas a normas específicas, para que sejam minimizados os impactos negativos, sobre os ecossistemas protegidos na unidade, consolidando os princípios insertos. Com base nessa discussão, está pesquisa tem por objetivos: mapear o uso e ocupação da terra, simular a zona de amortecimento e caracterizar os espaços de conflitos socioambientais do Parque Estadual Mata do Pau Ferro, Areia-PB. Assim foram mapeados os usos e ocupação da Unidade de Conservação e ambiente periferico através de sensoriamento remoto com imagem Landsat 8, estabelecido a simulação da zona de amortecimento e classificados os espaços de conflitos socioambientais. Os espaços de conflito são os protagonistas da zona de amortecimento, somados representam 600 ha ou 75% da zona. Tal fato pode ser considerado um agravante porque todas essas atividades econômicas não estão sendo monitoradas e espacialmente simbolizam elevado grau de efeito de borda. A gestão integrada entre UC e sua zona de amortecimento nessa situação é urgente e deve envolver os setores sociais circunvizinhos, em especial, os produtores rurais. Uma alternativa seria o pagamento por Serviços Ambientais e incorporar o sistema agroflorestal.

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Biografia do Autor

Ailson de Lima Marques, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Graduado em Geografia pela Universidade Federal de Campina Grande (2016). Mestrado em andamento no programa pós-graduação em Ciência do Solo-CCA-UFPB (2017), com período sanduiche na USP - Universidade de São Paulo, campus Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz-ESALQ (2018). Graduação em Gestão Ambiental em andamento pela Faculdade Maurício de Nassau (2017). Possuo experiência em projetos de pesquisa e extensão junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq; e Food and Agriculture Organization of the United Nations ONU-FAO/Itália. Trabalho com Geografia física: geomorfologia e pedologia, bioindicadores da paisagem e geotecnologias.

Cassio Ricardo Gonçalves da Costa, Universidade Federal da Paraíba.

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal da Paraiba (UFPB). Possui experiência na área de Solos, com ênfase em Matéria Orgânica do Solo, e inter-relações entre plantas micotróficas e Fungos Micorrízicos Arbusculares e Nutrição e Adubação de culturas. Mestrando em Ciência do Solo com linha de pesquisa em ciclos biogeoquímicos em agrossistemas pelo PPGCS/CCA/UFPB. Atualmente participa de pesquisas no Departamento de Solos e Engenharia Rural DSER/UFPB

Debora Coelho Moura, Universidade Federal de Campina Grande

Possui graduação em Geografia Bacharelado pela Universidade Federal de Alagoas (1997), mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal de Pernambuco (2003), doutora em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Pernambuco (2008). Prof. Adjunta da Universidade Federal de Campina Grande. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Ecologia de abelhas e da Polinização, e Comunidade abelha e plantas atuando principalmente nos seguintes temas: abelhas como bioindicador e regeneração ambiental da Caatinga.

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Arquivos adicionais

Publicado

2019-07-09

Como Citar

MARQUES, Ailson de Lima; COSTA, Cassio Ricardo Gonçalves da; MOURA, Debora Coelho. ESPAÇOS DE CONFLITOS AMBIENTAIS DA ZONA DE AMORTECIMENTO DO PARQUE ESTADUAL MATA DO PAU FERRO (AREIA-PARAÍBA). Geoambiente On-line, Goiânia, n. 34, p. 1–18, 2019. DOI: 10.5216/revgeoamb.v0i34.52282. Disponível em: https://revistas.ufj.edu.br/geoambiente/article/view/52282. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

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Artigos