“Cada um no seu quadrado”: os Clubes Sociais Negros e a imaterialidade do lugar na produção cultural do real

Autores

  • Geslline Giovana Braga Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5216/sec.v22i2.58394

Resumo

Os Clubes Sociais Negros (CSN) são agremiações surgidas no pós-abolição no Brasil, prolíferas especialmente na Região Sul do Brasil. Em 2009 foi realizado o pedido de registro dos Clubes Sociais Negros como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, para o Iphan, na categoria “Lugar”. No Paraná foram mapeados seis clubes, a permanência destes propõem leituras sobre a escravidão e pós-abolição, segregação, racismo e invisibilidade dos negros. A resistência dos clubes e suas configurações atuais desafiam a noção de “lugar” como categoria do patrimônio imaterial, a ampliam e dissolvem, produzem o real por meio da memória, significações e afetos. As memórias têm lugar, mapas e imagens presentes na oralidade. O lugar desmaterializado, que não existe mais, ou que não é mais o que foi, existe para quem o animou. Demonstrando como quando o lugar desaparece as fotografias ocupam suas funções simbólicas, representação e produção cultural do real. A existência dos clubes propõem outra produção cultural do real, desafia a construção social da história local, nas qual negros foram invisibilizados e branqueados.

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Biografia do Autor

Geslline Giovana Braga, Universidade Federal do Paraná

Doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil. Pós-doutoranda na Universidade Federal do Paraná, Paraná, Curitiba, Brasil

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Publicado

2019-10-06

Como Citar

BRAGA, G. G. “Cada um no seu quadrado”: os Clubes Sociais Negros e a imaterialidade do lugar na produção cultural do real. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 22, n. 2, 2019. DOI: 10.5216/sec.v22i2.58394. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fcs/article/view/58394. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê