O uso da película na produção de filmes originais Netflix

Autores

  • Thalita Fernandes de Sales Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, thalita.cinema@gmail.com
  • Marcel Vieira Barreto Silva Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, marcelvbs@hotmail.com

DOI:

https://doi.org/10.5216/ci.v22.66226

Palavras-chave:

Cinema analógico, Filme histórico, Fotografia cinematográfica, Memória e cinema, Netflix

Resumo

Investiga a escolha pelo formato analógico em produções Originais Netflix, a partir da análise dos filmes “Kodachrome” (Raso, 2017), “Os Meyerowitz: família não se escolhe” (Baumbach, 2017), “O irlandês” (Scorsese, 2019) e “Destacamento Blood” (Lee, 2020). Separando as obras entre as categorias “memória afetiva” e “memória histórica”, observamos a ligação entre o uso da película e o evocar do passado em suas narrativas. O uso do formato de captação analógico contemporâneo em tais obras levanta discussões acerca do papel da película em meio ao cinema digital.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thalita Fernandes de Sales, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, thalita.cinema@gmail.com

Mestranda em Comunicação pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação da UFPB. Bacharel em Cinema e Audiovisual pela UFPB. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1638-4486. E-mail: thalita.cinema@gmail.com

Marcel Vieira Barreto Silva, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, marcelvbs@hotmail.com

Doutor em Comunicação pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação na UFF. Professor adjunto do curso de Cinema e Audiovisual e do Programa de Pós-graduação em Comunicação da UFPB. ORCID https://orcid.org/0000-0001-6156-3059

Referências

ALBERA, François; TORTAJADA, Maria. Cinema beyond film: Media epistemology in the modern era. Amsterdam: Amsterdam University Press, 2010.

ANNETT, Sandra. The nostalgic remediation of cinema in Hugo and Paprika. Journal of Adaptation in Film & Performance, v. 7, n. 2, p. 169-180, 2014.

A QUIET place. Direção: John Krasinski. Roteiro: Bryan Woods, Scott Beck, John Krasinski. EUA: Paramount, 2018. 1 DVD (90 min), son., color.

AUMONT, Jacques. Dicionário teórico e crítico do cinema. Campinas: Papirus, 2003

AUMONT, Jacques. Que reste-t-il du cinéma? Rivista di estetica, v. 46, p. 17-31, 2011.

BARTHOLEYNS, Gil. The instant past: nostalgia and digital retro photography. In: NIEMEYER, K. Media and nostalgia: yearning for the past, present and future. New York: Palgrave Macmillan, 2014. p. 51-69

BELTRAME, Alberto; FIDOTTA, Giuseppe; MARIANI, Andrea (ed.). At the borders of (film) history: archeology, temporalities, theories. Udine-ITA: Forum, 2015.

BOLTER, Jay David; GRUSIN, Richard. Remediation: understanding new media. Cambridge: The MIT Press, 2000.

BORDWELL, David. Pandora’s digital box: films, files and the future of movies. Madison: The Irving Way Institute Press, 2012.

CASTELLANO, Mayka; MEIMARIDIS, Melina. Produção televisiva e instrumentalização da nostalgia: o caso Netflix. Revista GEMInIS, São Carlos, v. 8, n. 1, 2017.

DA 5 BLOODS. Direção: Spike Lee. Roteiro: Danny Bilson, Paul De Meo. EUA: Netflix, 2020. 1 vídeo (156 min), son., color.

ELSAESSER, Thomas; HAGENER, Malte. Film theory: an introduction through the senses. Nova York: Routledge, 2015.

ELSAESSER, Thomas. O cinema como arqueologia das mídias. São Paulo: SESC, 2018.

JOON-HO, Bong. Why didn’t Netflix let Bong Joon-ho shoot Okja on 35mm? [Entrevista concedida a] Sonia Kil. Variety. 16 maio 2017. Disponível em: variety.com/2017/film/news/bong-joon-ho-working-with-netflix-controversy-okja-cannes-1202428394/. Acesso em: 29 set. 2020.

KODACHROME. Direção: Mark Raso. Roteirista: Jonathan Tropper. EUA: Netflix, 2017, online (100 min), son., color.

LAZZARO Felice. Direção: Alice Rohrwacher. Produção: Alexandra Henochsberg, Arthur Hallereau, Grégory Gajos, Pierre-François Piet. Roteiro: Alice Rohrwacher. [S. l.]: Netflix, 2018.

LOERTSCHER, Miriam et al. As film goes byte: the change from analog to film perception. Psychology of Aesthetics Creativity and the Arts, v.10, n. 4, nov. 2016.

LOTZ, Amanda. Portals: a treatise on internet-distributed television. [S. l.]: University of Michigan Library, 2017. Disponível: http://www.amandalotz.com/portals-a-treatise-on-internetdistributed-television. Acesso: 31 jan. 2019.

MANBIKI kazoku. Direção: Hirokazu Kore-eda. Roteiro: Hirozaku Kore-eda. Japão: Gaga Corporation, 2018.1 DVD (121 min), son., color.

MANOVICH, Lev. The language of new media. Cambridge: MIT Press, 2001.

MANOVICH, Lev. The paradoxes of digital photography. Photography After Photography:Germany, p. 57–65, 1995.

MARINO, Paula Rodríguez. Memória e cinema: aproximações e problemas. Comunicação & Informação, v. 10, n. 2, 2010.

MARRIAGE story. Direção e produção: Noah Baumbach. Roteiro: Noah Baumbach. Interpretes: Scarlett Johansson, Adam Driver, Laura Dern, Alan Alda, Ray Liotta, Julie Hagerty, Merritt Wever. Veneza: Netflix, 2019. 136 min.

MMA. MOTION PICTURE ASSOCIATION OF AMERICA. Theme report. Washington, 2019. 59 p. Disponível em: https://www.motionpictures.org/research-docs/2019-theme-report/. Acesso em 6 out. 2020.

NIEMEYER, Katharina. Media and nostalgia: yearning for the past, present and future. New York: Palgrave Macmillan, 2014.

PARIKKA, Jussi. What is media archeology? Cambridge: Polity Press, 2012.

PENNINGTON, Adrian. How did Damien Chazelle convince Netflix to let him shoot 16mm? No Film School, 27 abr. 2020. Disponível em: https://nofilmschool.com/damien-chazelle-convince-netflix-16mm#:~:text=%E2%80%9CThe%20idea%20to%20shoot%2016mm,but%20I%20wanted%20this%20too.&text=He%20reveals%20that%20a%20key,by%20the%20French%20New%20Wave. Acesso em: 1 out. 2020.

RAMOS, Fernão Pessoa. Mas, afinal, o que sobrou do cinema? A querela dos dispositivos e o eterno retorno do fim. In: SOBRINHO, Gilberto Alexandre (org.). Cinemas em redes: tecnologia, estética e política na era digital. Campinas, SP: Papirus, 2016.

REYNOLDS, Simon. Retromania: pop culture’s addiction to its own past. London: Faber and Faber, 2011.

RODRIGO Prieto ASC, AMC on shooting “ The Irishman”. Arri Rental, [S. l.], c2020. Disponível em: https://www.arrirental.com/en/about/overview/news/rodrigo-prieto-asc-amc-on-shooting-the-irishman-. Acesso em: 2 out. 2020.

ROMA. Direção: Afonso Cuarón. Roteiro: Afonso Cuarón. EUA: MEX : Netflix, 2018. 1 vídeo (135 min), son., color.

SAPIO, Giuseppina. Homesick for aged home movies: why do we shoot contemporary family videos in old-fashioned ways? In: NIEMEYER, K. Media and nostalgia: yearning for the past, present and future. New York: Palgrave Macmillan, 2014. p. 39-50.

SERESIN, Bem. Reforma do monstro. Kodak, Brasil, 27 jul. 2017. Disponível em: https://www.kodak.com/BR/pt/motion/blog/blog_post/?contentid=4295002887#. Acesso em: 1 out. 2020.

SIGEL, Newton Thomas. DP Newton Thomas Sigel ASC used kodak ektachrome 16mm Film to time-travel in Spike Lee’s 'Da 5 Bloods'. Kodak Motion Picture, [S. l.], 18 jun. 2020. Disponível em: https://www.kodak.com/en/motion/blog-post/spike-lee-da-5-bloods. Acesso em: 2 out. 2020.

SILVA, Marcel Vieira Barreto, LOPES, Larissa Nascimento. Nostalgic gestures on Brazilian television series: the case of Samantha!. Comunicación y Medios, n.41, p. 106-116, 2020. DOI:10.5354/0719-1529.2020.56677

THE CLOVERFIELD paradox. Direção: Julius Onah. Roteiro: Oren Uziel. EUA: Netflix, 2018. 1 vídeo (102 min), son., color.

THE IRISHMAN. Direção: Martin Scorsese. Roteiro: Steve Zaillian. EUA: Netflix, 2019, 1 vídeo (209 min), son., color.

THE MEYEROWITZ stories: new and selected. Direção: Noah Baumbach. Roteiro: Noah Baumbach. EUA: Netflix, 2017. 1 vídeo (112 min), son., color.

JAMES, Daron.Why DP Roman Vasyanov chose anamorphic & more tales from shooting 'Suicide Squad. No Film School, [S. l.], 19 ago. 2016. Disponível em: https://nofilmschool.com/2016/08/cinematographer-roman-vasyanov-shoots-anamorphic-suicide-squad. Acesso em: 1 out. 2020.

WHY does Netflix require 4K on Netflix Originals? Netflix Partner Help Center. Disponível em: partnerhelp.netflixstudios.com/hc/en-us/articles/229150387-Why-does-Netflix-require-4K-on-Netflix-Originals-. Acesso em: 6 out. 2020.

WONDER woman. Direção: Patty Jenkins. Roteiro: Allan Heinberg. EUA: Warner Bros. 2017. 1 DVD (141 min), son., color.

Downloads

Publicado

2020-12-31

Como Citar

SALES, T.; SILVA, M. O uso da película na produção de filmes originais Netflix. Comunicação & Informação, Goiânia, Goiás, v. 23, 2020. DOI: 10.5216/ci.v22.66226. Disponível em: https://revistas.ufg.br/ci/article/view/66226. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Cinema, Mídia e Tecnologia – narrativas e linguagens nas paisagens