Informações estratégicas geradas através do estudo de patentes de plantas medicinais citadas pelos sitiantes da Reserva Rio das Pedras, Mangaratiba, Rio de Janeiro

Autores

  • Maria Franco Trindade Medeiros Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Luci Senna-Vale Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Regina Helena Potsch Andreata Universidade Snata Úrsula
  • Lucia Regina Rangel de Moraes Valente Fernandes Instituto Nacional de Tecnologia

DOI:

https://doi.org/10.5216/rbn.v4i2.5214

Palavras-chave:

Patentes, plantas medicinais, Reserva Rio das Pedras, sitiantes

Resumo

Registraram-se as espécies medicinais utilizadas por sitiantes da Reserva Particular do Patrimônio Natural Rio das Pedras, no município de Mangaratiba, estado do Rio de Janeiro e conduziu-se um levantamento dos depósitos de pedidos de patente para estas plantas no European Patent Office, no Japan Patent Information Organization e no Instituto Nacional da Propriedade Industrial-Indicações Geográficas. Dos 36 táxons informados pelos sitiantes, 16 foram citados em 103 pedidos de patente. As famílias citadas nos documentos foram: Apiaceae, Arecaceae, Asteraceae, Caricaceae, Chenopodiaceae, Lamiaceae, Musaceae, Piperaceae, Rubiaceae e Rutaceae. As espécies medicinais citadas pelos sitiantes e que apresentam pedidos de patente são, em sua maioria, plantas exóticas (71%), trazidas para o Brasil ao longo de sua colonização. Estudos como este são importantes para a identificação do conhecimento local, além de servir como veículo de alerta para as questões do Direito de Propriedade Intelectual e patentes, tema ainda pouco valorizado no Brasil.

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Publicado

15-12-2008

Como Citar

MEDEIROS, M. F. T.; SENNA-VALE, L.; ANDREATA, R. H. P.; VALENTE FERNANDES, L. R. R. de M. Informações estratégicas geradas através do estudo de patentes de plantas medicinais citadas pelos sitiantes da Reserva Rio das Pedras, Mangaratiba, Rio de Janeiro. Revista de Biologia Neotropical / Journal of Neotropical Biology, Goiânia, v. 4, n. 2, p. 139–147, 2008. DOI: 10.5216/rbn.v4i2.5214. Disponível em: https://revistas.ufg.br/RBN/article/view/5214. Acesso em: 28 mar. 2024.

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