O papel do município na conservação da biodiversidade

Autores

  • Welber Senteio Smith Universidade de Sorocaba
  • Vidal Dias da Mota Junior Empresa Municipal Parque Tecnológico de Sorocaba, Prefeitura de Sorocaba. Av Itavuvu, 11.777 - Sorocaba/SP
  • Rafael Ramos Castellari Secretaria do Meio Ambiente de Sorocaba - SEMA Sorocaba/SP. Av. Rudolf Dafferner, 105 Alto da Boa Vista - Sorocaba – SP

DOI:

https://doi.org/10.5216/rbn.v13i2.40135

Palavras-chave:

Ecossistemas urbanos. educação ambiental. universidade. políticas públicas. parques municipais.

Resumo

O Brasil é um dos países com a maior diversidade biológica do planeta, abrigando entre 15 e 20% do número total de espécies. Parte dessa riqueza tem sido perdida de forma inexorável, portanto, é necessário conhecer com mais profundidade o patrimônio natural do país, identificar os principais fatores que os ameaçam e estabelecer prioridades de ação. O conhecimento, respaldado no rigor científico, constitui instrumento poderoso para envolver de forma definitiva a ação do poder público no processo de planejamento e conservação que, assim, podem instituir instrumentos de controle, fiscalização e proteção mais eficazes.  Como um país federado, ou seja, com diferentes níveis de governo que compõe o Estado Brasileiro: União, Estados e Municípios, faz-se cada vez mais necessária a ação municipal na conservação da biodiversidade. Neste sentido, o município de Sorocaba, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, desenvolveu uma série de mecanismos pautados em politicas públicas (planos, criação de parques e o jardim botânico, unidades de conservação, ações de educação ambiental e o programa Sorocaba a cidade da biodiversidade) que constituem casos de sucesso para a agenda biodiversidade local e que pode ser replicados para outros municípios.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Andrade, l. M. S. & M. A. B. A. Romero. 2005. Importância das áreas ambientalmente protegidas nas cidades. Anais: Encontros Nacionais da ANPUR. 11: 1-20.

Ávila, R. D. & T. F. Malheiros. 2012. O Sistema Municipal de Meio Ambiente no Brasil: avanços e desafios. Saúde Soc. 21(supl.3): p.33-47.

Bolund, P. & Hunhammar, S. 1999. Ecosystem services in urban areas. Ecological Economics 29: 293-301.

Brun, E.J. & F. G. K. Brun. 2006. Arborização Urbana & Qualidade de vida. Conselho em Revista. 3(18): 27.

Brun, F. G. K., D. Link & E. J. Brun. 2007. O emprego da arborização na manutenção da biodiversidade de fauna em áreas urbanas. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana. 2(1).

Butchart, S. H. M., M. Wlpole, B. Collen, A. van Strien, J. P. W. Scharlemann, R. E. A. Almond, J. E. M. Baillie, B. Bomhard, C. Brown, J. Bruno, K. E. Carpenter, G. M. Carr, J. Chanson, A. M. Chenery, J. Csirke, N. C. Davidson, F. Dentener, M. Foster, A. Galli, J. N. Galloway, P. Genovesi, R. D. Gregory, M. Hockings, V. Kapos, J. Lamarque, F. Leverington, J. Loh, M. A. McGeoch, L. McRae, A. Minasyan, M. H. Marcillo, T. E. E. Oldfield, D. Pauly, S. Quader, C. Revenga, J. R. Sauer, B. Skolnik, D. Spear, D. Stanwell-Smith, S. N. Stuart, A. Symes, M. Tierney, T. D. Tyrrell, J. Vié & R. Watson. 2010. Global Biodiversity: Indicators of Recent Declines, Science. 328: 1164-1168.

Cabral, M., H. M. Pereira, C. S. Cruz & M. da L. Mathias. 2012. O Índice de Biodiversidade nas Cidades como ferramenta para gestão: o caso da cidade de Lisboa. Ecologia. 6: 63-72.

Cezare, J. P.; T. F. Malheiros, A. Philippi JR. 2007. Avaliação de política ambiental e sustentabilidade: estudo de caso do município de Santo André - SP. Revista Engenharia Sanitária e Ambiental. 12(4): 417-425.

Chapin, F. S., E. S. Zavaleta, V. T. Eviner, R. L. Naylor, P. M. Vitousek, H. L. Reynolds, D. U. Hooper, S. Lavorel, O. E. Sala, S. E. Hoobie, M. C. Mack & S. Díaz. 2000. Consequences of changing biodiversity. Nature. 405: 234-242.

Ferreira, V. J. R. P. 2011. Avaliação do zoneamento ecológico econômico no município do Rio de Janeiro como ferramenta para a gestão territorial integrada e desenvolvimento sustentável. Dissertação (Mestrado em Planejamento Energético). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 140p.

Fontana, C. S., M. I. Burger & W. E. Magnusson. 2011. Bird diversity in a subtropical South-American City: Effects of noise levels, arborization and human population density. Urban Ecosystems. 14:341–360.

Gaston, K. J. 2000. Global patterns in biodiversity. Nature. 405: 220-227.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2012. Pesquisa de informações básicas municipais: Perfil dos municípios brasileiros. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/perfilmunic/2012/. Acessado em 15 de julho de 2016.

Joly, C. A., C. F. B. Haddad, L. M. Verdade, M. C. Oliveira, V. S. Bolzani & R. G. S. Berlinck. 2011. Diagnóstico da pesquisa em biodiversidade no Brasil. Revista USP. 89:114-133.

Leme, T. N. 2010. Os municípios e a política nacional do meio ambiente. Planejamento e Políticas Públicas, 35: 25-52.

Marcuse, P. 2009. From Critical Urban Theory to the Right to the City, in City. 13 (2–3): 185 -196.

Margules, C. R. & R. L. Pressey. 2000. Systematic conservation planning. Nature 405: 243-253.

MacGregor-Fors, I. 2011. Misconceptions or misunderstandings? On the standardization of basic terms of urban ecology. Landscape and Urban Planning. 100, 347–349.

Mazzei, K., M. T. N. Colesanti, D. G. Santos. 2007. Áreas verdes urbanas, espaços livres para o lazer. Sociedade & Natureza. 19: 33-43.

McKinney, M. L. 2002. Urbanization, Biodiversity and Conservation. BioScience 52: 883-890.

McKinney, M. L. 2006. Urbanization as a major cause of biotic homogenization. Biological Conservation. 27: 247–260.

McKinney, M. 2008. Effects of urbanization on species richness: A review of plants and animals. Urban Ecosystems: 11(2): 161-176.

Mello, K., L.Petri, E. Cardoso-Leite, R. H. Toppa. 2014. Cenários ambientais para o ordenamento territorial de Áreas de Preservação Permanente no município de Sorocaba, SP. Revista Árvore. 38: 309-317.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). 2006. “Zoneamento Ecológico Econômico e Proteção da Biodiversidade”. Seminário Zoneamento Ecológico Econômico e Biodiversidade. Caderno de Resumos. Brasília, DF. (Maio). Disponível em: < http://www.mma.gov.br/sitio/index.phpido=conteudo.monta&idEstrutura=28&idConteudo=8959&id Menu=9716>. Acesso em: 26 de julho de 2016.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). 2011. Programa de Zoneamento Ecológico Econômico. Disponível em: <http://www.mma.gov.br> Acesso em: 19 de julho de 2016.

Mota Junior, V. D. 2014. Políticas Públicas e Proteção da biodiversidade em Sorocaba. In: Smith W. S., V. D. Mota Junior, J. L. Carvalho. Biodiversidade do Município de Sorocaba. 1a ed. Sorocaba: 2014. 17-28.

Myers, N., R. A. Mittermeier, C. G. Mittermeier, G. A. B. da Fonseca & J. Kent. 2000. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature. 403.

Noss, R. F., J. R. Strittholt, K. Vance-Borland, C. Carroll & P. Frost. 1999. A conservation plan for the Klamath-Siskiyou ecoregion. Natural Areas Journal. 19: 392–411.

Oliveira, M. M. A. 1990. Arborização e avifauna urbana em cidades do interior paulista. Boletim do Centro de Estudos Ornitológicos (CEO). 7: 10–14.

Pereira, H. M., T. Domingos, L. Vicente, V. Proença, (Eds.). 2009. Ecossistemas e Bem-Estar Humano: Avaliação para Portugal do Millennium Ecosystem partida das diferentes cidades. Assessment. Escolar Editora, Lisboa.

Piña-Rodrigues, F. C. M., V. P. Almeida, N. P. Freitas, R. W. Lourenço, D. Mandowsky, G. R. Lopes, M. Grimaldi & D. C. Silva. 2014. Remanescentes florestais: identificação de áreas de alto valor para a conservação da diversidade vegetal no município de Sorocaba. In: Smith, W. S., V. D. Mota Junior & J. L. Carvalho. Biodiversidade do Município de Sorocaba. 1a ed. Sorocaba: 2014. 37-63.

Prefeitura Municipal de Sorocaba. Produto 5 – Macrozoneamento e Propostas. Plano Diretor Ambiental de Sorocaba. 2011. 58p.

Reis, E., G. M. López-Iborra, R. T. Pinheiro. 2012. Changes in bird species richness through different levels of urbanization: Implications for biodiversity conservation and garden design in Central Brazil. Landscape and Urban Planning 107: 31– 42.

Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Projetos [base de dados na Internet]. Sorocaba. Acesso em 03 de Maio de 2013. Disponível em: <http://www.meioambiente.sorocaba. sp.gov.br>.

Secretariat of the Convention on Biological Diversity. 2011. National Biodiversity Strategies and Action Plans. Series B-8: Biodiversity Planning for States, Provinces, Cities and Other Local Authorities: How to Develop a Sub-National Biodiversity Strategy and Action Plan. Online at www.cbd.int/nbsap/ training.

Secretariat of the Convention on Biological Diversity. 2012. Cities and Biodiversity Outlook. Montreal, 64 pages.

Seto, K. C., A. Reenberg, C. G. Boone, M. Fragkias, D. Haase, T. Langanke, P. Marcotullio, D. K. Munroe, B. Olah & D. Simon. 2012. Urban land teleconnections and sustainability. PNAS. 109(20): 7687-7692. doi: 10.1073/pnas.1117622109

Smith, W. S., V. D. Mota Junior & J. L. Carvalho. 2014. Biodiversidade do Município de Sorocaba. 1a ed. Sorocaba. 270p.

Smith, W. S. 2014. Conectando peixes, rios e pessoas: como o homem se relaciona com os rios e com a migração dos peixes. 1a ed. Sorocaba.

Smith, W. S. & C. A. Ribeiro. 2015. Parque Natural Municipal Corredores de biodiversidade: pesquisas e perspectivas futuras. 1a ed. Sorocaba: 250p.

TEEB [The Economics of Ecosystems and Biodiversity]. 2011. TEEB Manual for Cities: Ecosystem Services in Urban Management. Versão digital: www.teebweb.org.

UNFPA – United Nations Population Fund. Situação da População Mundial 2007: Desencadeando o Potencial do Crescimento Urbano. Fundo de População das Nações Unidas. Nova York: UNFPA, 100 p. 2007.

Wills, R. & R. Hobbs. 1998. Ecology for Everyone: Communicating Ecology to Scientists, the Public and the Politicians. Surrey Beatty, Sydney, 114p.

Downloads

Publicado

20-02-2017

Como Citar

SENTEIO SMITH, W.; DIAS DA MOTA JUNIOR, V.; RAMOS CASTELLARI, R. O papel do município na conservação da biodiversidade. Revista de Biologia Neotropical / Journal of Neotropical Biology, Goiânia, v. 13, n. 2, p. 285–299, 2017. DOI: 10.5216/rbn.v13i2.40135. Disponível em: https://revistas.ufg.br/RBN/article/view/40135. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos