DISTRIBUIÇÃO LONGITUDINAL DA COMUNIDADE PERIFÍTICA NO RIO SÃO MATEUS (NORTE DO ESPÍRITO SANTO)

Autores

  • Thais Almeida Pereira Universidade Federal do Espirito Santo

Palavras-chave:

interferências antrópicas, estrutura da comunidade, diagnóstico limnológico,

Resumo

Devido a grande importância do rio São Mateus o presente estudo objetivou avaliar a estrutura e dinâmica do perifíton e as características limnológicas de seis estações amostrais submetidos a diferentes condições ambientais. As quatro amostragens foram realizadas em intervalos semanais (setembro e outubro/2010) ao longo do rio São Mateus, sendo: duas a montante da cidade de São Mateus, ES (E1, E2), duas ao longo (E3, E4) e duas a jusante da cidade (E5, E6). Para a caracterização limnológica foram determinados: condutividade elétrica, turbidez, sólidos totais em suspensão e os principais nutrientes. O perifíton foi coletado de raízes de Eichhornia crassipes (Mart.) Solms., removido por raspagem com pincéis e fixado com solução formalina 4% (análise qualitativa) e lugol acético 5% (análise quantitativa). A estrutura da comunidade perifítica foi avaliada com base na riqueza de táxons, densidade total e por Classe, abundância e dominância. A biomassa perifítica foi estimada através da clorofila a, biovolume, massa seca, massa seca livre de cinzas e cinzas. O teste não paramétrico Kruskall-Wallis foi aplicado para verificar diferenças significativas (p < 0,05) entre as variáveis bióticas e abióticas. A Análise multivariada em Componentes Principais (ACP) foi utilizada para verificar a variação longitudinal em relação às variáveis abióticas. A influência das variáveis abióticas sobre as variáveis bióticas foi avaliada através da análise de correspondência canônica (ACC), com significância pelo teste de Monte Carlo (p < 0,05). Turbidez, condutividade elétrica, sólidos totais em suspensão, ortofosfato, fósforo total, nitrito, íon amônio, nitrogênio total das estações amostrais a jusante da cidade diferiram daquelas das demais estações, conforme evidenciado na ACP. Maior riqueza de táxons e densidade total da comunidade perifitica também foram registradas nas estações amostrais ao longo e a jusante da cidade de São Mateus, com maior contribuição das Classes Bacillariophyceae (riqueza) e Cyanophyceae (densidade total) em todas as estações amostrais. Maiores valores de clorofila a foram registrados em E1, enquanto o biovolume apresentou valores mais elevados em E4 e E3. A parte inorgânica (cinzas) apresentou mais elevada, principalmente nas estações amostrais ao longo e a jusante da cidade de São Mateus. A biomassa e a densidade perifítica foram influenciadas pelos nutrientes (fósforo e nitrogênio), assim como pela turbidez, como constatado pela CCA, sugerindo que a entrada de material alóctone, proveniente principalmente das atividades antrópicas (piscicultura e lançamento de efluentes domésticos e industriais) alteram a qualidade da água (como evidenciado na PCA), assim como a comunidade perifítica.

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Biografia do Autor

Thais Almeida Pereira, Universidade Federal do Espirito Santo

Laboratório de Taxonomia e Ecologia de Algas Continentais. Universidade Federal do Espírito Santo - Departamento de Botânica / CCHN - PPGBV: Av. Fernando Ferrari n° 514, Campo Goiabeiras – Vitória (ES). CEP: 29075-015.

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Publicado

10-05-2013

Como Citar

PEREIRA, T. A. DISTRIBUIÇÃO LONGITUDINAL DA COMUNIDADE PERIFÍTICA NO RIO SÃO MATEUS (NORTE DO ESPÍRITO SANTO). Revista de Biologia Neotropical / Journal of Neotropical Biology, Goiânia, v. 9, n. 1, p. 40–41, 2013. Disponível em: https://revistas.ufg.br/RBN/article/view/21199. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Resumo de Tese