NIETZSCHE, A MEMÓRIA E A HISTÓRIA; REFLEXÕES SOBRE A SEGUNDA CONSIDERAÇÃO EXTEMPORÂNEA
DOI:
https://doi.org/10.5216/phi.v17i2.18860Palavras-chave:
memória, história, histórico, supra-históricoResumo
Desde 1869 e ao longo de todo o período em que escreve o ensaio “Da utilidade e desvantagem da história para a vida”, publicado em 1874, Nietzsche é professor de filologia clássica na Universidade da Basiléia. Nesse período, reflete criticamente sobre as questões teóricas e metodológicas de sua disciplina, enfatizando que se o estudo da Antiguidade deve se ater à análise e crítica das fontes, ele perde, com isso, o contato com seu próprio tempo, tornando-se um saber desvinculado das questões fundamentais de sua época. Nietzsche propõe estabelecer com o passado uma relação diferente daquela do cientista moderno: enquanto este vê a história do ponto de vista do puro conhecimento, o professor da Universidade da Basiléia procura no passado um modelo capaz de suscitar reflexão no presente, estabelecendo um confronto entre culturas distintas, com diferentes estruturas de valores, a fim de criar um distanciamento em relação às formas de pensamento cristalizadas na modernidade. Neste artigo pretendo mostrar como Nietzsche, a partir das noções de a-histórico e supra-histórico, procura investigar a questão do valor da história, contrapondo à concepção do passado como puro conhecimento, uma concepção vinculada à vida e à ação que seja capaz de gerar o futuro.Downloads
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