Aspectos morfofisiológicos que condicionam a habilidade competitiva em populações de picão-preto

Autores

  • Edson Ferreira Duarte Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Yuri Caires Ramos Programa de Pós-graduação em Fitotecnia/ESALQ/USP, Piracicaba, SP
  • Lidyanne Yuriko Saleme Aona-Pinheiro Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.5216/rbn.v11i1.27034

Palavras-chave:

Bidens pilosa L., fenologia, morfologia, planta daninha

Resumo

Aspectos como emergência, fenologia, crescimento e morfologia, quando avaliadas em conjunto ao longo do ciclo biológico, podem auxiliar na compreensão de aspectos da habilidade competitiva e para um efetivo controle de plantas daninhas, sendo o que se objetivou estudar em picão preto. Cipselas de três populações ocorrentes em pomares de laranja de diferentes localidades, foram colhidas e semeadas em vasos contendo subsolo e mantidas em casa de vegetação. Avaliou-se a emergência e descreveu-se aspectos dos ciclos fenológico e morfológico. Foi determinado o crescimento relativo (%) em altura e em diâmetro das plantas. A maior emergência foi nas cipselas oriundas da população 3 (52,9%) com o primeiro par de eófilos surgindo aos sete dias e após 44 dias surgiram metáfilos trilobados. O maior crescimento das plantas ocorreu na população 3. Após 70 dias surgiu a inflorescência terminal e após 80 dias surgiram inflorescências laterais. A frutificação ocorreu entre 86 e 152 dias. O controle das plântulas pode ser feitonos primeiros 20 dias e visando impedir a entrada de novas sementes no solo, este controle pode ser feito até os 70 dias. De modo geral, populações de picão-preto com maiores emergência, crescimento vegetativo e duração do período reprodutivo apresentam maior habilidade competitiva.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Edson Ferreira Duarte, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho(1997), mestrado em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho(2001) e doutorado em Agronomia pela Universidade Federal de Goiás(2007). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Revisor de periódico da Magistra, Revisor de periódico da Pesquisa Agropecuária Tropical (UFG), Revisor de periódico da Revista Brasileira de Sementes (Impresso), Revisor de periódico da Semina. Ciências Agrárias (Online), Participação em projetos de pesquisa da Emater - Agência Goiana de Assistência Técnica e Pesquisa Agropecuária, Revisor de periódico da Rodriguésia (Impresso) e Revisor de periódico da Ciência Florestal (UFSM. Impresso). Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Fisiologia Vegetal. Atuando principalmente nos seguintes temas: Bromeliaceae, Fenologia, Propagação, Sementes, Cultivo

Yuri Caires Ramos, Programa de Pós-graduação em Fitotecnia/ESALQ/USP, Piracicaba, SP

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (2010), mestrado em Agronomia - (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2012) e doutorado em andamento pela Esalq (USP). Tem experiência na área de Agronomia, atuando principalmente nos seguintes temas: citros, potencial, mercado, citrus spp. e clima

Lidyanne Yuriko Saleme Aona-Pinheiro, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Possui graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Campinas (1998), mestrado (2003) e doutorado (2008) em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é professora Adjunto III da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Sistemática Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: levantamento taxonômico, Cactaceae, Plantas aquáticas, Commelinaceae, Taxonomia e sistemática filogenética de Angiospermas.

Referências

Adegas F. S., E. Voll & C. E. C. Prete. 2003. Embebição e germinação de sementes de picão-preto (Bidens pilosa). Pl. Dan. 21: 21-25. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/pd/v21n1/a03v21n1.pdf>. Acesso em 06 nov. 2011.

Amaral-Baroli, A. & M. Takaki. 2001. Phytochrome controls achene germination in Bidens pilosa L. (Asteraceae) by very low fluence response. Braz. Arch. of Biol. and Tech. 44: 121-124. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo. phpscript=sci_arttext&pid=S1516-89132001000200002&lng=en&nrm=iso& tlng=en>. Acesso em: 17 fev. 2010. doi: 10.1590/S1516-89132001000200002.

Baio, F.H.R., L. F. Pires & G. V. Tomquelski. 2013. Mapeamento de picão preto resistente aos herbicidas inibidores de ALS na região Sul Mato-grossence. Biosc. Jour. 29: 59-64. Disponível em: < http://www.seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/13453/11953>. Acesso em: 12 mar. 2013.

Bazzaz, F. A., D. D. Ackerly & E. G. Reekie. 2000. Reproductive allocation in plants. pp. 1-29. In: Fenner, M. (Ed.). Seeds: the ecology of regeneration in plant communities. 2. ed. London, CABI Publishing.

Carmona, R. & H. D. C. Villas Bôas. 2001. Dinâmica de sementes de Bidens pilosa no solo. Pesq. Agropec. Brasil. 36: 457-463. Disponível em: < http://www.scielo.br/ scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-204X2001000300009&lng=pt&nrm=iso& tlng=pt>. Acesso em: 17 fev. 2010. doi: 10.1590/S0100-204X2001000300009.

Christoffoleti, P. J. 2001. Análise comparativa do crescimento do biotipos de picão-preto (Bidens pilosa) resistente e suscetível aos herbicidas inibidores da ALS. Pl. Dan. 19: 75-83. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/pd/v19n1/09.pdf>. Acesso em 06 nov. 2011.

Ellsworth, J. W., R. A. Harrington & J. H. Fownes. 2004. Seedling emergence, growth, and allocation of Oriental bittersweet: effects of seed input, seed bank, and forest floor litter. For. Ecol. and Manag. 190: 225-264. Disponível em: < http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378112703004997#bibl001>. Acesso em 20 de out. 2011. doi:10.1016/j. foreco.2003.10.015.

Fenner, M. 1980. The inhibition of germination of Bidens pilosa seeds by leaf canopy shade in some natural vegetation types. New Phytol. 84: 95-101. Disponível em: < http://onlinelibrary.wiley.com/ doi/10.1111/j.1469-8137.1980.tb00751.x/ pdf>. Acesso em: 22 fev. 2011. doi: 10.1111/j.1469-8137.1980.tb00751.x.

Forsyth, C. & N. A. C. Brown. 1982. Germination of the dimorphic fruits of Bidens pilosa L. New Phytol. 90: 151-164. Disponível em: < http://onlinelibrary. wiley.com/doi/10.1111/j.1469-8137.1982. tb03248.x/pdf>. Acesso em: 22 fev. 2011. doi: 10.1111/j.1469-8137.1982.tb03248.x.

Gonçalves, E. G. & H. Lorenzi. 2007. Morfologia vegetal: organografia e dicionário ilustrado de morfologia das plantas vasculares. São Paulo, Instituto Plantarum de Estudos da Flora.

Grombone-Guaratini, M. T., V. N. Solferini & J. Semir. 2004. Reproductive biology in species of Bidens L. (Asteraceae). Sci. Agr. 61: 185-189. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/sa/v61n2/19360.pdf>. Acesso em: 22 fev. 2011. doi: 10.1590/S0103-90162004000200010.

Jandel Scientific. 1991. Table curve: curve fitting software. Corte Madera, Jandel Scientific.

Kitajima, K. & M. Fenner. 2000. Ecology of seedling regeneration. pp. 331-359. In: Fenner, M. (Ed.). The ecology of regeneration in plant communities. 2 ed. London, CABI Publishing.

Kitajima, K. 2007. Seed and Seedling Ecology. pp. 549-580. In: Pugnaire, F. & F. Valladares. (Eds.). Functional plant ecology. New York, CRC Press/Taylor & Francis Group.

Klein, A. & G. M. Fellipe. 1991. Efeitos da luz na germinação de sementes de ervas invasoras. Pesq. Agropec. Brasil. 26: 955-966. Disponível em: < http://webnotes.sct.embrapa.br/pab/pab.nsf/4b9327fca7faccde032564ce004f7a6a/67cfa56c14942d56032 56b0300455cd7OpenDocument>. Acesso em: 22 fev. 2011.

Kudo, G. 2006. Flowering phenologies of animal-pollinated plants: reproductive strategies and agents of selection. pp. 139-158. In: Harder, L. D. & S. C. H. Barrett. (Eds.). Ecology and evolution of flowers. New York, Oxford University Press.

Lorenzi, H. 2000. Plantas daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas. 4 ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

López-Ovejero, R. F., Carvalho, S. J. P., Nicolai, M., Abreu, A. G., Grombone-Guaratini, M. T., Toledo, R. D. B., & P. J. Christoffoleti. 2006. Resistance and differential susceptibility of Bidens pilosa and B. subalternans biotypes to ALS-inhibiting herbicides. Sci. Agr. 63: 139-145. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/sa/v63n2/28831.pdf> Acesso em 2 abr. 2014.

Monquero, P. A., P. J. Christoffoleti & H. Carrer. 2003. Biology, management and biochemical/genetic characterization of weed biotypes resistant to acetolactate synthase inhibitor herbicides. Sci. Agric. 60: 495-503. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/sa/v60n3/16404.pdf>. Acesso em 20 out. 2011.

Mourão, K. S. M., L. Domingues & J. Marzinek. 2007. Morfologia de plântulas e estádios juvenis de espécies invasoras. Acta Scient. Biol Sci. 29: 261-268. Disponível em: < http://eduem.uem.br/ojs/index.php/ActaSciBiolSci/article/download/475/300>. Acesso em 17 jul. 2012.

Park, S. E., L. R. Benjamin & A. R. Watkinson. 2003. The theory and application of plant competition models: an agronomic perspective. Annals of Botany 92: 741-748. Disponível em: < http://aob.oxfordjournals. org/content/92/6/741.full>. Acesso em 03 out. 2011. doi: 10.1093/aob/mcg204.

Pimentel-Gomes, F. 2000. Curso de estatística experimental. Piracicaba, ESALQ/USP.

Ross, M. A. & C. A. Lembi. 2009. Applied weed science: including the ecology and management of invasive plants. Columbus, Pearson Prentice Hall.

Rizzardi, M. A., N. G. Fleck, C. M. Mundstock & M. A. Bianchi. 2003. Perdas de rendimento de grãos de soja causadas por interferência de picão-preto. Ci. Rural 33: 621-627. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/ cr/v33n4/16679.pdf>. Acesso em 06 nov. 2011.

Santos, J. B. & J. P. Cury. 2011. Picão preto: uma planta daninha especial em solos tropicais. Pl. Dan. 29: 1159-1171. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ pd/v29nspe/v29nspea24.pdf>. Acesso em 17 jul. 2012.

Souza, L. A.; Moscheta, I. S.; Mourão, K. S. M.; Albiero, A. L. M.; Montanher, D. R. & A. A. S. Paoli. 2009. Morfologia da plântula e do tirodendro. pp. 119-190. In: Souza, L. A. (Org.). Sementes e plântulas: germinação, estruturas e adaptação. Ponta Grossa, TODAPALAVRA.

Souza, M. C., R. A. Pitelli, L. D. Simi & M. C. J. Oliveira. 2009. Emergência de Bidens pilosa em diferentes profundidades de semeadura. Pl. Dan. 27: 29-34. Disponível em: < http://dx.doi.org/10.1590/ S0100-83582009000100005>. Acesso 08 de out. 2011.

Valio, I. F. M., S. L. Kirszenzaft & R. S. Rocha. 1972. Germination of achenes of Bidens pilosa L. New Phyt. 71: 677-682. Disponível em: < http://onlinelibrary. wiley.com/doi/10.1111/j.1469-8137.1972. tb01278.x/pdf>. Acesso em: 22 fev. 2011. doi: 10.1111/j.1469-8137.1972.tb01278.x.

Venturin, N., E. Duboc, F. R. Vale & A. C. Davide. 1996. Fertilização de plântulas de Copaifera langsdorffii Desf. (óleo cobaíba). Cerne 2: 1-17. Disponível em: < http://www.dcf.ufla.br/cerne/artigos/16-02-20091286v2_n2_artigo%2003.pdf>. Acesso em 06 nov. 2011.

Vismara, L. S., V. A. Oliveira & D. Karam. 2007. Revisão de modelos matemáticos da dinâmica do banco de sementes de plantas daninhas em agroecossistemas. Pl. Dan. 25: 1-11. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/pd/v25n1/a01v25n1.pdf>. Acesso em: 05 set. 2011.

Voll, E., D. L. P. Gazziero, A. Brighenti, F. S. Adegas, C. A. Gaudêncio & C. E. Voll. 2005. Dinâmica das plantas daninhas e práticas de manejo. Londrina, Embrapa Soja. (Documentos, 260). Disponível em: < http://www.cnpso.embrapa.br/download/pdf/daninhas_doc_260.pdf>. Acesso em 06 nov. 2011.

Zimmermann, F. J. P. 2004. Estatística aplicada à pesquisa agropecuária. Santo Antônio de Goiás, Embrapa Arroz e Feijão.

Downloads

Publicado

02-03-2015

Como Citar

DUARTE, E. F.; RAMOS, Y. C.; SALEME AONA-PINHEIRO, L. Y. Aspectos morfofisiológicos que condicionam a habilidade competitiva em populações de picão-preto. Revista de Biologia Neotropical / Journal of Neotropical Biology, Goiânia, v. 11, n. 1, p. 11–21, 2015. DOI: 10.5216/rbn.v11i1.27034. Disponível em: https://revistas.ufg.br/RBN/article/view/27034. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)